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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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LEI VETADA POR MAURO

Enquanto AL não analisa veto a projeto, abaixo-assinado tenta impedir hidrelétricas no rio Cuiabá

Foto: Reprodução

Enquanto AL não analisa veto a projeto, abaixo-assinado tenta impedir hidrelétricas no rio Cuiabá
A Assembleia Legislativa deve votar no próximo dia 24, uma série de vetos do governador Mauro Mendes (União Brasil). Entre eles, o veto ao projeto de lei (957/2019) de autoria do deputado Wilson Santos (PSD) que proíbe a construção de hidrelétricas no Rio Cuiabá. Atualmente, 133 projetos para a construção destas plantas na bacia do Alto Paraguai, da qual faz parte o Cuiabá, estão sob análise da Secretaria de Estado de Meio Ambiente.


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Mais de 50 entidades da sociedade civil organizada, ONGs voltadas à preservação ambiental, universidades, empresários e artistas já se colocaram contra o veto do governador. Inclusive, entidades emitiram uma carta aberta em favor do projeto publicada maciçamente pela mídia.

Agora, um grande abaixo-assinado está circulando na internet em favor da derrubada do veto (veja aqui). Além disso, várias equipes estão pelas principais ruas do centro de Cuiabá coletando assinaturas.

"A ideia é que o documento seja apresentado aos deputados estaduais antes da sessão de votação do veto (24/08) e entregue ao Governo do Estado, Ministério Público, Poder Judiciário, demais autoridades e organizações ambientais. Se você concorda com a necessidade da preservação do meio ambiente e com a defesa do rio Cuiabá e do Pantanal, participe", explicou Wilson Santos.

Risco ao meio ambiente

O Rio Paraguai é a coluna vertebral desta bacia que tem como afluentes os rios Cuiabá, Manso, Cuiabazinho, Coxipó, Vermelho, Piquiri, Taquari e São Lourenço, entre outros. Bacia que está dentro de Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. Só para o rio Cuiabá, um dos mais importantes da bacia responsável por 20% da produção de água, já existem 6 projetos de hidrelétricas aprovados.

Para Wilson, a construção destas usinas trará inúmeros prejuízos ambientais, entre eles a diminuição de peixes nativos no Rio Cuiabá e no Pantanal mato-grossense.

"As usinas terão seis grandes barragens e as chamadas escadarias para que os peixes consigam ultrapassá-las e fazer a desova durante a Piracema. Já está mais que provado pela ciência que em Mato Grosso os peixes têm muitas dificuldades para transpor estas construções. Os que conseguem subir não fazem o caminho de volta, o que provocará a extinção de espécies nativas", explicou.

"Usinas refreiam o curso do rio, provocam assoreamento e desmoronamento de barreiras, piorando a qualidade da água; causam a extinção espécies de peixes, destruição da vegetação natural e tornam o ambiente propício à transmissão de doenças como malária e esquistossomose. Que benefícios elas podem trazer?", indagou o deputado.

Wilson lembrou que Mato Grosso não precisa de mais energia elétrica. O estado produz, através da Usina do Manso, muito mais que consome e exporta o excedente. "Isso porque a usina nem opera na sua capacidade máxima, como previsto no projeto de construção".

"Mais de 60% da energia produzida no Manso é colocada no Sistema Nacional para abastecer outros estados. Se queremos mais energia, que surjam investimentos em energia limpa, energia solar. Mato Grosso é rico neste recurso natural. Esse é o futuro: desenvolvimento sustentável, o mundo inteiro fala disso. Não podemos ficar de fora e retroagir matando o rio Cuiabá e o nosso Pantanal".
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