O presidente do Republicanos em Mato Grosso, ex-deputado federal Adilton Sachetti, considerou natural a mudança de lado do pré-candidato ao Senado Federal Neri Geller (PP). Segundo ele, não havia espaço para Neri na chapa com o governador Mauro Mendes (UNIÃO) e, desta forma, ele precisou encontrar outra posição. Sachetti lembrou que ele mesmo, em 2018, deixou de apoiar Mauro Mendes para concorrer ao Senado na chapa com Wellington Fagundes: “Eu tinha sonho de disputar Senado”.
Leia também:
Republicanos oficializa Pivetta vice de Mauro e tem nomes para indicar a suplente se houver "oportunidade"
“Tem uma coisa na física, dois corpos não ocupam o mesmo lugar. Não tem como. Algumas decisões precisam ser tomadas e ferem outras. Aquele que vão ocupar um lugar não deixa espaço pro outro naquela mesma posição. Ela pode ocupar em outro recipiente, outro partido, outra disputa. É natural que cada um busque seu espaço. Não teve espaço, em nada, não conseguiu? Vai buscar do outro lado”, argumentou Sachetti.
O Republicanos indicou o vice-governador Otaviano Pivetta para concorrer novamente ao mesmo cargo na chapa com Mauro Mendes. No Senado, o candidato escolhido foi Wellington Fagundes (PL), após uma longa discussão em que Geller (PP) deixou o grupo e se acomodou com a Federação PT-PV-PCdoB, que vai lançar a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) ao Governo do Estado.
“Tem que ser respeitado isso. Uma nova candidatura com a Márcia Pinheiro tem que ser respeitada. E digo mais, é importante para o processo. Eu acho que a unanimidade nunca foi a melhor solução para política. A discussão e o contraponto são importantes para que se avalie com outros olhos”, defendeu Sachetti.
Para o presidente do Republicanos, é ‘triste’ não poder unir todo o grupo, mas também não se pode ‘barrar’ o sonho de Neri. “Ele foi atrás do sonho dele, tem todo direito de fazer isso. Assim foi com a minha, era pra eu ir com Mauro, estava tudo certo, de repente no final não deu, fui com Wellington. Eu tinha sonho de disputar senado”, lembrou.
“As coisas vão andar e esse andar faz muitas vezes você ir para lá, para cá, depois lá na frente vai se juntar de novo. Política é você concorrer um com o outro, você vai disputar. Não pode ter inimigos, não é inimizade. há adversários, isso vai ter sempre. Eu sou contrário ao outro, não sou inimigo. Não tem porque na política se fazer inimizade”, completou Sachetti.
