Durante a coletiva de imprensa realizada na sede do PSB na tarde desta segunda-feira (8), em que a médica Natasha Slhessarenko revelou que não disputará mais as eleições deste ano, a candidata a deputada estadual Maysa Leão (Republicanos) interrompeu uma fala do presidente do PSB, deputado estadual Max Russi, para dizer que acredita que uma “força masculina de dirigentes partidários” fez com que a até então candidata ao Senado fosse rifada. Russi, por sua vez, argumentou que o PSB foi o único partido que deu espaço para Natasha.
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O ‘bate-boca’ começou porque Max Russi afirmou que o grupo havia “feito o possível e o impossível”, mas que neste momento, sem a possibilidade de ‘palanque aberto’ do governador Mauro Mendes (UNIÃO), Natasha carregaria a candidatura sozinha. Neste momento, Maysa o interrompeu e afirmou que Natasha não estava sozinha.
“Natasha não está sozinha e hoje uma mulher está sendo sua candidatura derrubada com um segundo lugar [nas pesquisas], uma mulher que caminhou sozinha, e vocês [PSB] vieram depois. Ela já estava caminhando e nós já estávamos com ela. Então hoje existe uma lacuna de representatividade aqui”, afirmou Maysa.
Em seguida, a candidata a deputada pelo Republicanos disse que com o recuo de Natasha, muitas mulheres ficavam carentes de representação. “A Natasha está saindo e deixa um buraco, e dá muito bem para estar junto em partidos diferentes, como o senhor está com Mauro Mendes estando no PSB. Eu estou no Republicanos e sempre estive com a Natasha. E muita gente está com ela”, completou.
Russi rebateu afirmando que o PSB sempre ‘comprou’ a candidatura de Natasha. “O PSB assumiu ela, levou ela para as bases, para o estado inteiro, enquanto outros partidos não fizeram isso. Não deram a oportunidade de ela ser pré-candidata ao Senado. O PSB de forma diferente, eu de forma diferente. Eu falei, vem que será nossa candidata. A partir do momento em que não tem as condições, por tudo que ela já falou, e não for candidata, ela teve todo nosso apoio. A decisão foi dela. E ela não está se retirando da política”, declarou.
A coletiva da tarde desta segunda-feira (8) foi chamada para que a médica falasse sobre o recuo. Ela disse que depois que o governador Mauro Mendes optou por apoiar somente o projeto de reeleição do senador Wellington Fagundes (PL), o candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT), ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), ligou para ela e pediu que ela fosse suplente na chapa de Neri Geller (PP), o que ela não aceitou e, como consequência, acabou desistindo.
