Olhar Direto

Terça-feira, 23 de abril de 2024

Notícias | Política MT

Sem borracha na história

Fávaro lembra que rompeu com Taques para apoiar Mauro, mas agora grupo ficou sem opção: “Ia falar: Neri, desiste?”

09 Ago 2022 - 18:08

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Pedro Coutinho Bertolini

Foto: Airton Marques / Olhar Direto

Fávaro lembra que rompeu com Taques para apoiar Mauro, mas agora grupo ficou sem opção: “Ia falar: Neri, desiste?”
Ao tentar justificar a seus correligionários do PSD o motivo de ter optado pelo grupo da oposição e não por continuar com o governador Mauro Mendes (UNIÃO), o senador Carlos Fávaro (PSD) lembrou, durante convenção estadual do partido, que rompeu em 2018 com o ex-governador Pedro Taques, de quem era vice, e ajudou Mendes a se eleger e a governar por dois anos, mas que quando Mauro optou por estar junto ao senador Wellington Fagundes (PL) ele ficou sem outra opção. “E o que trabalhamos dois anos com o Avança Mato Grosso, levando o nome do Neri Geller, levando o propósito de um Estado cada vez melhor? Vamos simplesmente falar: ‘Não deu, joga fora, Neri, desiste’”?, questionou.


Leia também:
Segunda suplência de Wellington foi amarrada ainda na noite de sexta e manteve PSB na base de Mauro

Em convenção, o PSD optou por liberar os filiados, mas se coligar à Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) da candidata ao Governo Márcia Pinheiro (PV), além do PP do candidato ao Senado Neri Geller. Foram 14 votos contra 5 da outra opção, que previa a liberação dos filiados, mas sem a coligação. Fávaro, que é presidente da sigla, se absteve de votar.

Muitos filiados do PSD se mostraram insatisfeitos com as decisões de Fávaro desde que ele se aproximou do ex-presidente Lula (PT) e chegou até a ser convidado para ser o candidato da federação ao Governo do Estado. Na última quinta-feira (4), em entrevista ao Resumo do Dia, Mauro disse que a decisão de Fávaro era “no mínimo, muita ingratidão”.

Para o senador, no entanto, não havia outro caminho possível. “Nós não vamos passar uma borracha na história. Não tem como negar a história. Nós estivemos junto com o governador Mauro Mendes em 2018. Eu rompi a vice-governadoria do outro governador. Formamos um grupo político e ganhamos as eleições. Ajudamos a governar o estado de Mato Grosso (...), mas chega o momento em que nós temos que começar a construir o projeto”, lembrou.

“Há dois anos começamos, de forma democrática, um debate, escolha de nomes, para Governo do Estado e para senador da República. E esse processo começou afunilar e o nosso escolhido nesse processo pra trabalhar a construção de um senador da República e governador seriam Mauro Mendes e Neri Geller. O tempo foi passando, esse debate permeado pelas nossas bases, todos se envolveram, se manifestaram, manifestaram apoio, criamos um sentimento de candidatura, mas chega um momento que aparece divergência. E apareceu. E eu respeito a posição do governador Mauro Mendes. Ele achou melhor coligar e escolher a candidatura do senador Wellington Fagundes. Isso é democracia, nós temos que respeitar. Só que o nosso grupo político ficou sem a opção”, completou.

Fávaro ainda disse que ele e Neri buscaram diversas vezes um entendimento pela ‘coligação aberta’, em que todos apoiassem a candidatura de Mauro e ele não coligasse com nenhum candidato ao Senado, mas não foi o que Mauro decidiu. “Infelizmente, e não é culpa de ninguém, é a posição local, é o momento, o melhor projeto, cada um faz a composição que acha que vai ser mais vantajosa, mais vitoriosa. E essa composição não pode ser feita”, finalizou.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet