Tão logo o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (UNIÃO), anunciou que não irá tentar a reeleição ao cargo, o deputado Max Russi (PSB) iniciou a ‘via crúcis’ em busca do apoio dos colegas parlamentares para assumir e posto. De pronto, tratou de negar o principal motivo de rejeição ao seu nome na Casa de Leis e prometeu que, se eleito presidente, fará uma gestão independente do Paiaguás.
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“Eu entendo a crítica. Embora o Botelho seja do partido do governador, o que não é o meu caso. Eu vou manter a independência do Legislativo dialogando muito com o Executivo e o Judiciário, porque a Assembleia tem que ser esse catalizador. A gente tinha um combinado de não conversar sobre esse assunto até o Botelho saber se poderia disputar, por isso as conversas estavam paradas. Agora, a eleição da Mesa da Assembleia tem que ser discutida dentro da Assembleia, o governador vai montar sua equipe, seu secretariado, e a chapa da Mesa será discutida entre os deputados e não com o Governo do Estado”, garantiu.
Botelho informou seus colegas que não poderá concorrer novamente ao cargo de presidente da Assembleia em jantar na noite desta terça-feira (22), na casa da deputada Janaina Riva (MDB). Ele tratou da possibilidade de formar composição com Max Russi, mas afirmou que o socialista enfrentar certa resistência entre alguns deputados, apesar de seu nome, conforme Botelho, ter a predileção do governador Mauro Mendes (UNIÃO).
Logo após a campanha eleitoral, na qual foram reeleitos, Botelho, Max e Janaina haviam acordado em buscar consenso em torno de um único nome para a disputa do comando da Casa no próximo biênio.
Há algumas semanas, em conversa com a reportagem do
Olhar Direto, Max Russi afirmou que se Botelho fosse impedido pela Justiça de concorrer novamente a Presidência ele pretendia tê-lo como 1º secretário em sua chapa.
Após resposta do STF, Botelho confirmou a tendência de estar junto com Max, mas disse que o colega enfrenta resistência entre alguns deputados em razão de sua “subserviência” ao Executivo.
Segundo Max, a ideia a partir de agora é abrir espaço para que os partidos políticos indiquem nomes para compor com sua chapa. A ideia é aglutinar apoio em torno de um grupo que seja consenso, afim de evitar briga por votos.
“Eu vou conversar com todos os deputados. Eu já tinha uma sinalização de 10 parlamentares, que votariam se eu fosse candidato, mas eu ainda não tinha procurado muitos deputados. Agora, não havendo a possibilidade de o Botelho ser candidato, vou começar essas conversas e espero chegar aí até 16 votos, que são suficientes”, disse.