Apesar de se opor ao governo federal, o deputado Fábio Garcia (União) não embarcou no movimento bolsonarista da Câmara, que apresentou pedido de impeachment do presidente Lula (PT). Na avaliação do parlamentar, não há motivos que justifique a instauração de tal processo e o requerimento só traz instabilidade ao país.
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Fomentado pelo PL, a ideia é que a ação seja um “superpedido” que inclua episódios controversos do atual presidente até agora, como a declaração de que a operação policial contra um plano do PCC em que Sergio Moro (União Brasil-PR) era alvo seria “armação” do ex-juiz”.
“Pedido de impeachment tem que ter base institucional. Fazer pedido de impeachment para poder gerar instabilidade no país, pra aumentar a taxa de juros, frear o desenvolvimento, diminuir o número de empregos e trazer consequências ruins para o país, acredito que não seja adequado”, afirmou Fábio.
De acordo com o deputado, em 2016, quando estava em seu primeiro mandato, ele votou favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por entender que ela havia agido de forma inconstitucional.
“Eu votei e aprovamos o pedido de impeachment da presidente Dilma, uma governante do PT, mas ali existia uma clara pedalada fiscal, por tanto, a gente só pode apoiar um impeachment se houver claro vício de constitucionalidade”, explicou.
Ainda segundo Fábio, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), ir á dar continuidade ao trâmite do requerimento, caso entenda que há constitucionalidade no pedido. Pontuou que, no fim, a decisão é do Plenário.