Atualizada às 18h01 - A cozinheira autônoma Leudiane Prates Ribeiro, de 37 anos, está à procura de informações que levem ao paradeiro do seu filho Pedro Henrique Ribeiro, de 17 anos, visto pela última vez no batalhão da Polícia Militar de Peixoto de Azevedo (675 km de Cuiabá), na última sexta-feira (6). Segundo ela, o adolescente foi levado à unidade da PM após ser abordado por policiais militares à paisana na casa de uma amiga.
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Ao Olhar Direto, Leudiane contou que naquela tarde o rapaz havia ido até a casa de uma amiga para fumar maconha. No entanto, ao chegar no local, ele foi surpreendido com a presença de militares que estavam dando “baculejo” no interior da residência. À reportagem, ela revelou que os agentes utilizam um carro descaracterizado estacionado na frente da casa.
“Ele foi levado na sexta-feira por volta de 1h da tarde. Ele tinha ido na casa de uma amiga para fumar maconha, uma jovem de 18 anos. Só que lá dentro estavam os 4 PMs fazendo baculejo”, contou. Conforme Leudiane, Pedro chegou à casa da amiga em uma motocicleta Honda Biz que havia pegado emprestado de sua prima e somente ele foi levado ao batalhão da Polícia Militar.
A cozinheira relatou que, logo após a abordagem, a prima do jovem foi à unidade da PM para recuperar sua moto. No local, ela avistou Pedro em uma sala e afirmou que os dois foram ofendidos por um policial. Esse foi o último contato de um parente com o rapaz.
Com a informação de que o filho se encontrava no batalhão da Polícia Militar, Leudiane imediatamente foi até a unidade. Contudo, ao solicitar informações que alguém com características de Pedro havia sido apreendido, um policial respondeu que “não estava mais lá” e que “tinha saído pela porta da frente”. “Meu filho tem que aparecer vivo ou morto”, disse a mãe do rapaz.
Prates soube pela prima de João que ma base policial tinha câmera de segurança. Ela disse à mãe do rapaz que viu as imagens em tempo real de gravações quando foi buscar a moto. A cozinheira disse que pediu uma advogada para solicitar as gravações do circuito interno e confirmar a informação do agente de que Pedro tinha sido solto, mas sem sucesso.
Antes disso, a prima do rapaz disse que os equipamentos foram desligados e retirados, segundo informações do boletim de ocorrência. Além de um boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, a cozinheira registrou o caso na 1ª Promotoria de Justiça Cível de Peixoto de Azevedo a fim de esclarecimentos. Procurada, a Polícia Militar não respondeu aos questionamento da reportagem até essa publicação.
Outro lado
A Polícia Militar informa que está em trabalho conjunto com as autoridades competentes na investigação sobre o desaparecimento de um menor, de 17 anos, ocorrido no dia 06 de outubro, em Peixoto de Azevedo.
Informações do 22º Batalhão de Peixoto de Azevedo são de que o menor foi abordado pela equipe policial, por suspeita de tráfico de drogas, e liberado após nada de ilícito ser encontrado com ele.