O embate entre o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (UNIÃO), e a empresa Rumo Logística S.A., ganhou destaque durante a última sessão plenária. Botelho alertou para mudanças no traçado da primeira ferrovia estadual de Mato Grosso, acusando a empresa de descumprir o projeto original e não seguir o cronograma de chegada dos trilhos em Cuiabá, direcionando esforços para outras localidades. "A Rumo está sem rumo e não vamos deixar isso atrapalhar os trilhos chegarem em Cuiabá".
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Expressando preocupação com as alterações, Botelho ressaltou a necessidade de respeitar os acordos estabelecidos, especialmente em relação ao trajeto da ferrovia e sua chegada à capital. A convocação da secretária de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, para explicar as licenças concedidas às mudanças no projeto inicial sinaliza o garu de preocupação da Assembleia.
"A Rumo vem demonstrando total desrespeito para o que foi combinado e acordado. Ela vem mudando o traçado e tem sinalizado que não quer vir para Cuiabá tão cedo. Está fazendo todos os estudos e indo para Lucas e não tem nada encaminhado para Cuiabá. Então a Rumo está começando mal. A Rumo está sem rumo", disse Botelho à imprensa,
A ênfase foi dada às críticas dos deputados da região de Rondonópolis, especificamente em relação à mudança de trajeto que afetou a área urbana. Essa decisão suscitou questionamentos com parlamentares como Sebastião Rezende (União) e Thiago Silva (MDB), exigindo esclarecimentos sobre a autorização concedida pela Sema para essa modificação.
A deputada Janaina Riva (MDB) também se posicionou firmemente, lembrando a reputação questionável da empresa. A emedebista destacou a necessidade de a empresa honrar os compromissos assumidos, apontando para a falta de cumprimento de acordos anteriores.
Recentemente, a Assembleia criou uma comissão específica para acompanhar de perto o progresso das obras da Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo, com foco no trecho entre Juscimeira e Cuiabá. A formação deste grupo ressalta a preocupação crescente do Legislativo em monitorar e garantir o alinhamento entre as decisões da empresa e os interesses do estado.