O secretário estadual de Segurança Pública (Sesp), Coronel César Augusto Roveri, comentou sobre as sucessivas ondas de violência que ocorreram em Mato Grosso em 2023, especialmente em Sorriso (420 km de Cuiabá), que vive uma espécie de ‘guerra de facções’, e sobre os investimentos que o governo tem feito na área a fim de conter o aumento da criminalidade.
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Considerado a ‘Cidade do Medo’, e classificada como o sexto município mais violento do país, de acordo com o 17º Anuário divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública no ano passado, a cidade do Norte do estado enfrenta, desde 2020, uma onda de violência, formada por três organizações criminosas.
Em entrevista à imprensa, Roveri explicou que o estado não tem medido esforços para combater as violências no município, com uma série de operações em conjunto com as forças de segurança. Para o secretário, as ações têm tido resultado, já que o índice de violência em Sorriso diminuiu.
“Nós temos desde a segunda quinzena de 2023 feito grandes operações, grandes ações pela Polícia Militar, pela Polícia Judiciária Civil. Nós agimos de forma integrada com o trabalho de inteligência, com o trabalho investigativo, tanto que nós tivemos aí praticamente uma centena de prisões concedidas pela justiça”, disse o secretário.
“Nós tivemos duas grandes operações que foram com prisões, com busca e apreensões, com sequestro de bens, enfim, o trabalho policial está sendo feito. Nós temos uma série de índices na Cidade de Sorriso que diminuíram. Obviamente essa disputa aí que há entre organizações criminosas acontece homicídios, entre eles inclusive, e acaba também refletindo nos números que impactam toda a sociedade. Mas nós temos feito o nosso papel”, garantiu.
O chefe da Sesp ainda relembrou alguns crimes acontecidos em 2023 que ganharam repercussão nacional, a exemplo da chacina em Sinop em fevereiro e do homicídio da mãe e suas filhas em Sorriso, em novembro, e, mais recentemente, com o assassinato do advogado Roberto Zampieri. Em todos os casos, as forças de segurança conseguiram prender os responsáveis.
Roveri ainda citou sobre o sucesso da Operação Canguçu, que contou com mais de 300 policiais, de Mato Grosso e Tocantins, que realizaram buscas pelos criminosos que atacaram a cidade de Confresa no estilo ‘Novo Cangaço, o número recorde de apreensão de drogas na região que faz fronteira de Mato Grosso com outros países e o combate a crimes de estelionato e virtuais.
“Nós temos aí crimes que nos impactaram muito, que demos respostas rápidas e conseguimos ter a solução, inclusive com a autoria. Como aquela chacina que houve no Carnaval em Sinop, como esse crime brutal que houve em sorriso que rapidamente solucionou, como o crime do advogado Zampieri, que é recente e também tivemos aí uma grande operação, um trabalho muito bem feito”, lembrou.
“Tivemos aí um novo Cangaço, que foi a efetivado com frieza e se estendeu para o estado vizinho de Tocantins. (...) Tudo isso só foi possível com investimentos pesado do governo do estado em tecnologia e equipamentos, treinamentos, viaturas e armas. O estado se equipou se preparou para enfrentar as novas e antigas modalidades de crimes”, completou.