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Sábado, 07 de dezembro de 2024

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RELATÓRIO DA DECCOR

Emanuel realocava aliados alvos de operações para manter funcionamento de organização criminosa, aponta investigação

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Emanuel realocava aliados alvos de operações para manter funcionamento de organização criminosa, aponta investigação
Investigação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR) apontou uma prática comum do prefeito afastado, Emanuel Pinheiro (MDB): a de não desamparar aliados que foram alvo de operações deflagradas para apurar esquemas de corrupção na Prefeitura de Cuiabá, em especial na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).


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Para garantir que tais investigados continuariam contribuindo para a suposta organização criminosa, o gestor determinava a renomeação de servidores, em outros cargos.

O apontamento foi feito em relatório que embasou pedido de afastamento do prefeito, feito pelo NACO Criminal, e atendido pelo desembargador Luiz Ferreira, do Tribunal de Justiça (TJMT).

A delegacia afirma que independente das decisões judiciais que autorizaram as operações policiais não constarem afastamento dos cargos ocupados pelos investigados, causou estranheza a nomeação de tais pessoas para ocupar cargos de confiança na prefeitura.

Como exemplo, a DECCOR cita Gilmar de Souza Cardoso, que até segunda-feira (4), ocupava a função de assessor executivo da Secretaria de Governo. O servidor foi proibido de ocupar cargos na SMS em fevereiro de 2023, durante a Operação Smartdog, quando era adjunto de Gestão da Saúde, mas foi realocado para a Secretaria de Governo em maio do mesmo ano. A Pasta passava por cima das decisões dos secretários de Saúde, conforme depoimento dos ex-secretários Huark Douglas e Elizeth Araújo.

Ainda segundo a investigação, Gilmar ocupou cargos de relevância e confiança no município, desde o primeiro mandato de Emanuel. Começou em março de 2017 como coordenador especial da Rede Assistencial de Especialidade em Redes e Tecnologia, passou pelos cargos de coordenador de Tecnologia e Informática da Pasta, adjunto, coordenador de Logística e Suprimentos até chegar a assessor na Pasta de Governo.

Na estrutura da suposta organização criminosa, Gilmar é o articulador operacional entre as empresas privadas e a administração municipal, já que por vezes agiu como intermediador oculto de novos contratos. O ex-servidor demonstra poder de interferência sobre autoridades de maior hierarquia, como secretários.

Além da operação deflagrada pela Polícia Civil, Gilmar ainda foi alvo da PF, em setembro de 2023, em operação que investiga contratos relacionados a verbas federais com a empresa LOGLAB.

Outros servidores

A lista de servidores que foram realocados na prefeitura, traz nomes como do médico Jorge de Araújo Lafetá Neto, que foi alvo da Operação Sangria, em dezembro de 2018, mas nomeado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública em maio de 2020; em novembro de 2022, assinou contrato temporário na Coordenação Técnica de Controle e Avaliação.

Hellen Cristina da Silva, foi envolvida na Operação Overpriced em setembro de 2020 e novamente nomeada em fevereiro de 2023. Já Luiz Gustavo Raboni Palma, coordenador operacional da vacinação contra a Covid-19, também foi alvo da Overpriced e efetivado no cardo em janeiro de 2021.

A Deccor ainda relaciona Fátima Cruz de Hungria (alvo da Smartdog em 2023), Ricardo Aparecido Ribeiro (Operação Capistrum em 2021), Marcus Antônio de Souza Brito (Operação Palcoscànico em 2022) e Suelen Danielen Alliend (Operação Smartdog).
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