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Sábado, 12 de outubro de 2024

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PROJETO NO SENADO

'Não pude nem dar um beijo nelas', lamenta pai que perdeu esposa e três filhas assassinadas em Sorriso

Foto: Geraldo Magela

Regivaldo e Paulo Paim (Presidente da CDH)

Regivaldo e Paulo Paim (Presidente da CDH)

O caminhoneiro Regivaldo Batista Cardoso acompanhou a votação de um projeto de lei no Senado, em Brasília, que visa o combate à violência contra a mulher. Regivaldo é marido de Cleci Cardoso, que foi morta com as três filhas, em Sorriso (396 km de Cuiabá), no ano passado, após ter a casa invadida.


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Regivaldo usou a tribuna para lamentar a morte da família e cobrou justiça e penas mais duras para criminosos. A morte da família do caminhoneiro aconteceu em novembro do ano passado, em Sorriso.

Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19 anos, Manuela Calvi Cardoso, de 13 anos e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, foram mortas após terem a casa invadida pelo pedreiro Gilberto Rodrigues, que foi preso no dia em que os corpos foram encontrados.

"Foi tirado a vida por um marginal, por alguém que tinha um mandado de prisão em aberto. Que a gente possa ter um país mais justo, que a gente possa trabalhar e voltar para a nossa família. Hoje eu volto para a casa da minha sogra. Ela sofre muito também. Eu não tenho mais minha família, mas estou aqui para brigar para que outras pessoas não passem pelo que eu estou passando", disse.

O projeto de lei prevê que estados, Distrito Federal e municípios criem plano de metas para o enfrentamento integrado da violência contra a mulher. A matéria foi aprovada na Comissão de Direitos Humanos (CDH) nesta semana e segue para o Plenário

Os planos de metas deverão conter ações necessárias para a prevenção da violência contra a mulher e a atenção humanizada àquela que estiver em situação de violência doméstica, bem como aos seus dependentes. 

As ações deverão ser articuladas entre a Rede Estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher e a Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência no município, estado, Distrito Federal ou região.

As redes poderão ser compostas pelos órgãos públicos de segurança, saúde, justiça, assistência social, educação e direitos humanos, além de organizações da sociedade civil. O plano terá validade de dez anos, com atualização obrigatória a cada dois anos.

"Não pude nem dar um beijo nelas porque já estavam em um estado bem avançado (de decomposição). Que vocês (parlamentares) façam projetos bons e protejam as famílias porque é o que o brasileiro quer", ressaltou.
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