O advogado Jonas Cândido da Silva, preso nesta terça-feira (2) durante a deflagração da Operação Apito Final, com o objetivo de desarticular um esquema de tráfico de drogas criado por uma organização criminosa que lavou R$ 65 milhões, trabalhou na Câmara Municipal de Cuiabá por sete anos. Recentemente, ele se filiou ao União Brasil e era pré-candidato a vereador no pleito eleitoral deste ano.
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Segundo apurado pela reportagem, o jurista foi nomeado na Casa de Leis em 2013. Já em 2016 foi lotado como Assessor Parlamentar do ex-vereador Ricardo Saad. O salário dele era avaliado em cerca de R$ 4 mil. Ele foi oficialmente exonerado em 2020.
Conforme noticiado pelo Olhar Direto, Jonas Cândido foi preso em Maceió, Alagoas, para onde ele viajou para prestar assistência jurídica a Paulo Winter Farias Paelo, o W.T., que foi detido no último sábado (29), durante um torneio de futebol amador no estado do Nordeste. O rapaz é considerado o tesoureiro do Comando Vermelho.
Nas redes sociais, o jurista compartilhou, por meio do stories, que estava a trabalho no estado.
A ação policial é um braço da Operação W.O., deflagrada na última sexta-feira (29), em Maceió (AL), pela Delegacia de Repressão ao Entorpecente (DRE).
Nesta terça (2), foram cumpridos 25 mandados de prisão e 29 de buscas e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias dos alvos investigados.
Além de Jonas e Paulo Winter, também foram presos a ex-esposa do líder do CV, Cristiane Patricia Rosa Lins e o irmão de W.T., Fagner Paelo, que, segundo a polícia, também tinha intenção de disputar um cargo de vereador na Câmara Municipal de Cuiabá.