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Domingo, 08 de setembro de 2024

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úlcera de aorta

Tratamento inédito no Mato Grosso é realizado na hemodinâmica Cardiointerv em Várzea Grande

Foto: Reprodução

Tratamento inédito no Mato Grosso é realizado na hemodinâmica Cardiointerv em Várzea Grande
Um procedimento de hemodinâmica inédito foi realizado na sala da Cardiointerv Cardiologia e Hemodinâmica, anexada ao Hospital Santa Rita, em Várzea Grande. O liquoguard é o mesmo protocolo utilizado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, priorizando todas as medidas de qualidade.


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O sistema de monitoramento do liquor foi escolhido para evitar complicações como a paraplegia. O liquoguard monitora um sistema de acesso lombar para medição da pressão do LCR (líquido cefalorraquidiano), de forma automatizada, evitando risco de hiperdrenagem e erros humanos.

O equipamento controla o volume de drenagem por hora e só drena se a pressão subir. O equipamento tem circuito fechado, que protege do risco de infecção também. Isto tudo para evitar a isquemia medular, uma emergência neurológica potencialmente evitável que pode ocorrer no pós-operatório de cirurgias para correção de aneurismas de Aorta torácica ou toracoabdominal. Esse é o futuro alinhado para o bem estar do paciente.

Um dos casos para a utilização do protocolo é para o tratamento da úlcera penetrante de aorta, uma variante da dissecção aórtica clássica, que apresenta características peculiares e, quando não tratada adequadamente, evolui com taxas de mortalidade tão elevadas quanto as da dissecção clássica, merecendo, desta forma, atenção especial com diagnóstico e tratamento precisos.

Com o crescente desenvolvimento tecnológico nos métodos de aquisição de imagens, pode-se caracterizar as variantes da dissecção aórtica: a úlcera penetrante e o hematoma intramural. A primeira trata-se de uma situação grave, em que se não tratada adequadamente pode acarretar a hemorragias maciças e levar a dor rebelde e refratária, extremamente limitante. 

 A úlcera penetrante de aorta é definida como uma lesão aterosclerótica, apresentando ulceração que invade a lâmina elástica interna da parede da aorta. Esta condição predispõe à formação de hematomas junto à camada media do vaso em questão. Trata-se de uma lesão semelhante à úlcera péptica vista na seriografia esôfago-gastroduodenal. 

Estas úlceras ocorrem com maior frequência na aorta torácica, mais especificamente nos terços médio e distal deste vaso. Os achados radiológicos tomografia computadorizada são corroborativos desta condição.

Nesses casos, há a preferência para o tratamento percutâneo com o uso de endo próteses, pois os pacientes são idosos e apresentam comorbidades, as quais elevariam as taxas de complicações da cirurgia convencional.

As doenças da aorta são responsáveis por elevadas taxas de morbimortalidade cardiovasculares e, mesmo com todo avanço tecnológico dos meios diagnósticos e terapêuticos, permanece um desafio para os cardiologistas clínicos, intervencionistas e cirurgiões cardiovasculares. Se não tratada, a mortalidade inicial é estimada em 1% por hora, nas primeiras 48 horas, chegando a 75% ao final da segunda semana.

Equipe: Dr. Juliano Slhessarenko, Paulo Peteler, Izaul Almeida e Dr. Jaime. Para mais informações, entre em contato com o telefone: (65) 9 9629-7137
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