O deputado estadual Lúdio Cabral (PT), pré-candidato a prefeito de Cuiabá, se esquivou quando questionado sobre eventual arrependimento de ter recebido apoio do ex-governador Silval Barbosa nas eleições de 2012 e 2014, quando concorreu a prefeito e governador, respectivamente.

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O DEPUTADO E PRÉ-CANDIDATO A PREFEITO, LÚDIO CABRAL:



Após a aliança, Silval foi preso durante a Operação Sodoma e, em delação premiada, relatou ter liderado e participado inúmeros casos de corrupção no estado. Em uma das fases da operação conduzia pela Defaz, o petista chegou a ser conduzido coercitivamente para dar explicações, já que parte do dinheiro desviado do governo pela organização criminosa liderada por Silval teria quitado dívidas de campanha.

Em entrevista aos jornalistas Airton Marques e Rafael Machado, no PodOlhar, Lúdio disse que tudo na vida é aprendizado e que a aliança com o MDB de Silval foi uma imposição nacional, já que naquele momento a chapa em disputa era formada por Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), que foram reeleitos.

“Em 2014, depois do resultado que eu tive em 2012, que foi um resultado muito, mas muito positivo, a direção nacional do meu partido me convocou para essa tarefa da disputa do governo do Estado em 2014. Depois do resultado em Cuiabá em 2012, quando tive 140 mil votos, eu teria uma eleição tranquila para deputado estadual, para deputado federal, talvez até seria muito competitivo na disputa do Senado, mas a direção nacional me convocou para essa tarefa de representar o nosso projeto nas eleições de 2014 aqui em Mato Grosso”, disse.

“E a verdade é que todo o PT amadureceu a partir dessa experiência. Veja o que aconteceu depois, em 2016, o vice-presidente da República foi um dos atores que levou ao impeachment da nossa presidente. Esse esforço de autocrítica eu construí, amadureci nesse período todo”, acrescentou.