Estreitando os laços, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) tratou de afagar o ministro da Carlos Fávaro (Agricultura), principal aliado na pré-campanha à Prefeitura de Cuiabá. Questionado sobre a pecha de “traidor”, o petista afirmou que o ministro demonstrou coerência ao romper com antigos aliados, como o ex-governador Padro Taques e o chefe do Executivo estadual Mauro Mendes (União).

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O DEPUTADO E PRÉ-CANDIDATO A PREFEITO, LÚDIO CABRAL:



As declarações foram dadas durante o PodOlhar, já disponível no Youtube, quando negou temer que ele e seu grupo sejam a “próxima vítima” da Fávaro.

“A palavra que para mim traduz a postura do Fávaro chama-se coerência. É muito difícil, você tem que ter muita força, muita coerência para renunciar ao mandato de vice-governador e construir um outro caminho. É coerência programática. ‘Olha, esse projeto se desviou do caminho, eu vou manter a minha coerência e seguir no caminho correto’. Então assim, todos os movimentos políticos que o Fávaro fez foram movimentos de coerência”, afirmou.

A estratégia política do ministro foi frequentemente criticada por seus adversários como oportunista e volúvel, especialmente devido às várias mudanças de alianças ao longo de sua carreira.

A pecha começou a ser levantada em 2018, quando Fávaro entregou o cargo de vice-governador para disputar o Senado no palanque de Mauro. Perdeu o pleito, mas venceu, com a ajuda do governador, a eleição suplementar de 2020, após cassação de Selma Arruda.

Em 2022, voltou a recalcular rota, quando se aliou à esquerda, após Mauro escolher se coligar com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e apoiar a reeleição do senador Wellington Fagundes (PL), em detrimento do ex-deputado Neri Geller (PP), aliado de Fávaro.