A Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) decidiram não ter candidatura a prefeito de Sinop, cidade reconhecida como reduto bolsonarista, nas eleições deste ano.
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A aposta da esquerda era no ex-assessor do deputado estadual Lúdio Cabral (PT), Jorsinei Sobreiro, o Ney da Saúde (PT), no entanto, avaliando o cenário optaram em fortalecer suas chapas de pré-candidatos a vereadores com a intenção de montar um grupo forte de oposição ao futuro prefeito.
Ney explicou ao Olhar Direto que chegou a “bater o pé” e defendeu seu projeto, no entanto, viu que não teria apoio de seu próprio partido e das siglas que compõem a federação.
“Sinop não terá um candidato a prefeito da esquerda. Foi uma decisão interna, a maior parte achou viável ter apenas chapa para vereador. Cheguei a bater o pé, mas... andorinha sozinha não faz verão, acatei a decisão e revertei a minha pré-candidatura de prefeito para vereador”, disse.
Sobre a possibilidade de se “ajuntar” a pré-candidatura de reeleição de Dorner, que comentou que não recusaria apoio da esquerda, Ney comentou que não existe ânimo para isso porque o prefeito após o liberal ter ignorado o programa Minha Casa, Minha Vida, não se inscrevendo a Faixa I da ação. A esquerda da cidade enxergou essa falha como “hostilidade” ao atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Com isso, a esquerda vai ficar sem representação na cidade. No cenário que está se construindo no município a disputa deve ficar entre dois bolsonaristas, o atual prefeito Roberto Dorner (PL) e a empresária Mirtes Grotta.
No segundo turno da eleição presidenciável, Jair Bolsonaro (PL) “venceu” em Sinop recebendo mais de 65 mil votos, contra os quase 20 mil votos que Lula obteve.