Ao menos 99 municípios de Mato Grosso enfrentaram seca severa ou extrema nos meses de abril, maio e junho. As informações foram divulgadas recentemente no Boletim Mensal de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geo-Climático em Atividades Estratégicas para o Brasil, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Leia mais
Mulher morre atropelada na BR-364 em Várzea Grande
De acordo com o documento, as cidades afetadas pela seca severa no estado são Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Rondonópolis, Sinop, Sorriso, Juína, Juara, Campo Novo do Parecis, Campo Verde, Primavera do Leste e Querência.
Já os municípios que enfrentaram seca extrema incluem Apiacás, Confresa, Cotriguaçu, Nova Santa Helena, Nova Ubiratã, São José do Xingu, Santa Cruz do Xingu e Nova Maringá.
A previsão sazonal para o trimestre de julho a setembro aponta que as condições de seca devem persistir em toda a região Centro-Oeste, com vazões dos rios abaixo da média climatológica. A previsão também inclui intensificação da seca nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, com condições de seca extrema em áreas pontuais de Mato Grosso.
O documento destaca que estações de medição fluviométrica no Pantanal registram uma condição excepcional de seca hidrológica este ano. Em resposta, a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou, em 14 de maio deste ano, uma situação crítica de escassez quantitativa de recursos hídricos na região hidrográfica do Paraguai, válida até 31 de outubro de 2024, podendo ser prorrogada caso a escassez continue.
A ANA intensificou o monitoramento hidrológico da região, propondo medidas preventivas e de mitigação para proteger os múltiplos usos da água em rios de domínio federal.
O boletim enfatiza que a escassez hídrica na bacia do Paraguai pode ter impactos significativos no abastecimento de cidades como Cuiabá, em Mato Grosso, e Corumbá, em Mato Grosso do Sul, além de afetar atividades essenciais como navegação, turismo, pesca e geração de energia.