O governador Mauro Mendes (União) ‘puxou a orelha’ do candidato a prefeito de Cuiabá de seu partido, Eduardo Botelho, que passou a defender a possibilidade de derrubada da lei do Transporte Zero. O chefe do Executivo pontuou que a questão já foi superada no âmbito estadual e que o aliado precisa parar de tentar agradar a todos.
“Olha, o deputado Botelho tem que parar de achar que tem que fazer campanha só querendo não agradar todo mundo. Se faz campanha com verdade. Ele disse para mim que era a favor, mas não podia votar porque tinha os pescadores. Esse tema já foi superado, a Assembleia aprovou. E quem é o relator lá é o ministro André Mendonça”, afirmou, em conversa com a imprensa nesta segunda-feira (09).
“Não se ganha eleição querendo agradar todo mundo e não se governa querendo agradar todo mundo. Se governa com verdade, com coragem, fazendo o que é correto. Se for pensar em agradar todo mundo, você acaba não agradando ninguém. Mesmo ganhando, perde-se depois. Se ganha eleição falando a verdade, mostrando os problemas que Cuiabá tem, eu já disse isso a ele”, completou.
Na semana passada, durante o PodOlhar– videocast de entrevistas do Olhar Direto -, o deputado licenciado disse que alguns parlamentares da Assembleia Legislativa (ALMT) tentavam uma reunião com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no sentido de pedir um voto divergente ao do relator Andre Mendonça, que já proferiu decisão mantendo a constitucionalidade da legislação que proíbe o armazenamento, comercialização e transporte de doze espécies de peixes em Mato Grosso.
"Inclusive estamos tentando uma nova audiência com o ministro Gilmar Mendes para ver se ele faz um voto divergente. Estamos lutando todas as formas para derrubar essa lei e os pescadores possam voltar a pescar", declarou Botelho aos jornalistas Airton Marques e Max Aguiar.
Ao comentar a declaração, Mauro ressaltou que ao ser lançado como candidato do União Brasil, Botelho assumiu alguns compromissos, como o de montar um secretariado técnico, tomando decisões corretas, mesmo que impopulares.
“Não adianta ficar: ‘ah, agora o pescador, ah, agora não sei o quê’. Ele quer agradar todo mundo, ganhar todos os votos? Para ganhar a eleição precisa de 50% mais um dos votos. E a receita importante é, fale a verdade, seja sincero, diga aquilo que está no seu coração, que está na sua mente. E essa questão da pesca já foi superada e está lá no Supremo”, pontuou.
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