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Domingo, 10 de novembro de 2024

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"Se tem A, B ou C não fazendo nada, com certeza não é o Governo de MT", diz Mauro sobre combate aos incêndios florestais

Foto: Reprodução/Rádio Bandeirantes

O governador Mauro Mendes (União) reafirmou na manhã desta quinta-feira (12), em entrevista à Rádio Bandeirantes, o empenho do governo estadual no combate aos incêndios florestais e crimes ambientais no estado. Mauro destacou que Mato Grosso destinou R$ 74,5 milhões ao longo de 2024 para o enfrentamento desses problemas por meio do Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e Incêndios Florestais, lançado em maio deste ano.


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Segundo o governador, as iniciativas do plano envolvem a capacitação de brigadistas e a aquisição de novos equipamentos. "Se tem A, B ou C não fazendo nada, com certeza não é o Governo de Mato Grosso. Em março nós já tínhamos lançado o programa, treinado brigadistas e comprado equipamentos", afirmou. Mauro ressaltou que mais de 900 bombeiros estão trabalhando diretamente no combate aos incêndios, auxiliando tanto a iniciativa privada quanto o setor público.

O governador também chamou a atenção para a complexidade geográfica do estado, que é o terceiro maior do Brasil. Aproximadamente 14% do território mato-grossense está sob a administração do governo federal, com reservas ambientais e indígenas de difícil acesso. "É uma realidade difícil, pois essas reservas estão em locais que temos muita dificuldade de acessar", explicou.

Mauro pontuou que a longa estiagem, agravada pelo aquecimento global, cria condições extremamente propícias para a ocorrência de incêndios, mas ressaltou que a maioria dos casos resulta de ações humanas, sejam criminosas ou negligentes. "Mato Grosso e muitas regiões do planeta vivem um momento quase cinco meses sem uma gota de chuva em grande parte do nosso estado. Essa história de aquecimento global é uma grande verdade", disse o governador.

Até o momento, 17 pessoas já foram presas por suspeita de incêndios criminosos, e as autoridades estão investigando outras possíveis causas. O governador foi cauteloso ao tratar de especulações sobre o envolvimento de movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), ressaltando que seria irresponsável acusar sem provas. Ele também destacou a tradição de manejo com fogo por parte de algumas comunidades indígenas como um fator que contribui para a disseminação das queimadas em áreas de preservação.

"As causas estão sendo investigadas e esperamos ter as conclusões em breve para divulgarmos", concluiu.
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