A Polícia Militar de Porto Esperidião localizou e prendeu mais dois suspeitos envolvidos no homicídio que vitimou as irmãs Rithiely Alves Porto e Rayane Alves Porto, neste domingo (15), no município. Com a dupla, sendo um homem de 20 anos e um adolescente de 17 anos, a PM apreendeu dinheiro e porções de drogas.
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Após a prisão dos outros 10 suspeitos, a equipe da Polícia Militar recebeu denúncias de que um homem, que estava pela cidade em uma bicicleta, também seria um dos envolvidos no crime.
Diante da situação, os policiais localizaram o suspeito e realizaram sua abordagem. Neste momento, o criminoso já confessou seu envolvimento no crime, afirmando que apenas teria rendido e levado as vítimas até o local onde ocorreu o homicídio.
Em revista pessoal, os militares encontraram porções de pasta base de cocaína. Em seguida, disse que teria mais materiais ilícitos em sua casa e levou os policiais até a residência. No local, a PM localizou o menor de idade, que estava cuidando dos demais materiais ilícitos e apreendeu mais porções de drogas e a quantia de R$ 340 em dinheiro.
Os suspeitos foram detidos e conduzidos para a delegacia para registro da ocorrência e demais providências.
O crime
Informações da Polícia Civil dão conta que a ordem para matar as irmãs Rayane Alves Porto, 25 anos, e Rithiele Alves Porto, 28 anos, foi dada de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE) durante uma vídeochamada. O líder do grupo ordenou que o cabelo e os dedos delas fossem cortados por supostamente integrarem a facção criminosa rival Primeiro Comando da Capital (PCC).
Foi relatado que as irmãs aparecem em uma foto com outros dois amigos fazendo o sinal do 3. Ao serem informados que a facção Comando Vermelho teve conhecimento da foto, a imagem foi retirada.
Entretanto, a foto começou a circular nos grupos da facção. Enquanto estavam em um festival, os amigos foram surpreendidos por um grupo que começou a questioná-los se eram membros do PCC. Durante o evento, os suspeitos ligaram para o líder, identificado apenas como Véio, que estaria na PCE.
Na videochamada, Véio acusava Rayane de tentar "tomar o poder", já que ela era candidata a vereadora. Porém, o grupo entendeu que o sinal seria apenas de "rock", mas obedeceram a ordem de levar os amigos para um imóvel.
Na casa, as vítimas foram torturadas. Rithieli e Rayane foram espancadas e tiveram os cabelos e dedos cortados. Foi apontado que durante toda a tortura, "Véio" estava dando ordens.