O vereador por Cuiabá, Paulo Henrique (MDB), foi flagrado deixando a sede da Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (20), logo após ter sido preso durante a deflagração da Operação Pubblicare, que apura esquema envolvendo a facção criminosa Comando Vermelho (CV) e agentes públicos da capital. Ao todo, 15 mandados foram cumpridos pela equipe da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT).
A reportagem do Olhar Direto acompanha a operação e avistou o momento em que o parlamentar sai da unidade policial, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, e entra em uma viatura descaracterizada. Acompanhado dos agentes e de seus advogados, ele foi encaminhado para o Fórum da capital, onde deve passar por audiência de custódia ainda nesta sexta-feira (20).
Como noticiado pela reportagem, a Pubblicare é um desmembramento da Operação Ragnatella, a qual Paulo Henrique foi alvo em junho deste ano. Na ação, a FICCO desarticulou um grupo criminoso que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800 mil, pagos em espécie, com o lucro auferido por meio de atividades ilícitas.
A partir de então, o grupo passou a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.
Durante as investigações também foi identificado que os criminosos contavam com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, sem a documentação necessária. Paulo Henrique atuava em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.
Além dele, os agentes da FICCO cumpriram 15 medidas cautelares, entre prisão, buscas, sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), sendo Um mandado de prisão preventiva, sete mandados de busca e apreensão, seis veículos e um imóvel sequestrados, além de bloqueio de contas bancárias.
Os investigados respondem pelos crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com os membros da facção indiciados durante a Operação Ragnatela.
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