O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) declarou que o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), forçou sua candidatura à Prefeitura de Cuiabá, decisão que, segundo ele, já mostrava sinais de que não teria sucesso nas urnas. A declaração foi feita durante o 27º episódio do PodOlhar, videocast do Olhar Direto, disponível no YouTube e nas principais plataformas de áudio. Pivetta revelou que o candidato original do grupo era o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), mas a mudança de escolha, imposta pelo governador Mauro Mendes (União), o desmotivou a atuar ativamente na campanha.
ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O VICE-GOVERNADOR OTAVIANO PIVETTA:
"Sim, o Botelho foi muito determinado, como é normal em qualquer candidato que quer ser candidato. O sonho dele era ser, e ele forçou. Ele jogou com todas as armas que tinha para ser o candidato. Tanto que o Mauro cedeu. O candidato do Mauro era o Fabinho", afirmou Pivetta, referindo-se a Fábio Garcia, a quem ele considerava a melhor escolha para a Prefeitura de Cuiabá. "Eu estava muito animado com isso, porque conheço o Fabinho e ele representava a mudança com responsabilidade e competência, com o apoio do governo para fazer grandes obras em Cuiabá. Mas a conjuntura mudou", completou.
Durante o videocast, o vice-governador admitiu que a derrocada de Botelho no primeiro turno, quando ficou fora da disputa que agora será decidida entre Abilio Brunini (PL) e Lúdio Cabral (PT), já era prevista por ele. "Eu não encontrava votos do Botelho nos locais que visitava", disparou Pivetta, destacando que a candidatura de Botelho não conseguiu conquistar o apoio popular necessário.
Pivetta também explicou por que não participou ativamente da campanha de Botelho. Segundo ele, a escolha do governador por Botelho, em vez de Fábio Garcia, o desmotivou, pois ele acreditava que Garcia era o candidato ideal para representar as mudanças necessárias em Cuiabá. "Eu não me animei a participar de campanha porque isso não faz parte de mim. Realmente, não me sentia entusiasmado", confessou.
Ainda durante a entrevista, Pivetta reiterou sua visão de que eleições municipais são uma "disputa paroquiana", comparando a eleição a um condomínio, no qual os próprios moradores devem decidir seu futuro. "Sociedade vive numa relação com suas prefeituras que permite gerar a convicção de que não vale a pena mudar. E quando precisa, gera a convicção de que tem que mudar. Não adianta arrastão, carreata, bandeira. Isso é teatro, perda de tempo e energia", concluiu o vice-governador.
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