A candidata à reeleição na OAB-MT, Gisela Cardoso, reforçou sua crítica ao que classificou como um “discurso eleitoreiro” sobre divisão entre advogados do interior e da capital. A advogada se referiu às declarações de sua adversária, Xênia Guerra, que sugeriu a aprovação de uma resolução para garantir paridade na representatividade dos advogados do interior e da capital nas chapas que disputam o comando da entidade.

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM CANDIDATA À REELEIÇÃO NA OAB-MT, GISELA CARDOSO:



Durante entrevista ao PodOlhar, Gisela defendeu as ações da sua gestão para aumentar a participação dos advogados do interior e destacou a presença ativa da OAB-MT em diferentes regiões do estado. “Eleitoreira, na verdade, é um discurso eleitoreiro, porque a nossa gestão, essa questão da maior participação, surge dentro da nossa gestão. Temos hoje 24 conselheiros de 29 subseções representadas no Conselho. A maioria dos membros do Tribunal de Ética são do interior, assim como no Tribunal de Prerrogativas”, afirmou Gisela.

Ela também mencionou os investimentos feitos pela OAB-MT no interior e a presença em municípios que nunca haviam recebido um presidente da seccional. “Eu estive em Nova Monte Verde, a quase mil quilômetros de distância, Paranaíta, Carlinda, São José do Rio Claro, municípios que não são sedes de subseção, mas que têm advogados. Isso me traz a segurança de que a presença da instituição nessas localidades é real. A ESA [Escola Superior de Advocacia] levou cursos para 24 das 29 subseções do Estado.”

Em resposta à insinuação de que sua gestão teria negligenciado os advogados do interior, Gisela destacou suas próprias raízes. “Eu vim do interior. Sou de Colíder, conheço a realidade do interior, me criei no interior. Minha família mora no interior. Então, falar que eu abandonei o interior é, no mínimo, incoerente com a minha história e com tudo que a nossa gestão tem realizado”, completou.

A fala de Gisela responde à proposta de Xênia Guerra, que defende a paridade entre capital e interior nas eleições da OAB, citando uma suposta falta de representatividade para os advogados de fora da capital. Gisela, no entanto, reitera que sua gestão já vem promovendo essa inclusão e que a proposta de sua adversária tenta, de forma errada, criar uma divisão que não reflete a realidade atual da advocacia mato-grossense.