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Advogado de ex-presidente da Unimed e médica classifica como "extrema e exagerada" prisão de clientes

30 Out 2024 - 14:50

Da Redação - Gustavo Castro / Do Local - Luis Vinicius

Foto: Olhar Direto

Advogado de ex-presidente da Unimed e médica classifica como
O advogado Marlon Latorraca, que representa os médicos Rubens de Oliveira e Suzana Palma, presos nesta quarta-feira (30) durante a Operação Bilanz, classificou a detenção dos clientes como "extrema" e "exagerada".


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A ação da Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), investiga possíveis irregularidades envolvendo a cooperativa, durante a gestão do quadriênio 2019-2023. Estima-se que eles tenham deixado um déficit de R$ 400 milhões nas contas da Unimed.

Em entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira, o jurista afirmou que todos foram pegos de surpresa com a prisão, já que seus clientes sempre contribuiram com as investigações da Polícia Federal.

“Fomos surpreendidos hoje com essa prisão provisória. Isso nos causou muita estranheza, porque tanto um quanto o outro estão em Cuiabá, tem residência fixa, não ameaçaram testemunha, nunca atrapalharam de nenhuma maneira o processo. Então, a gente estranhou muito a questão da prisão provisória”, explicou Marlon.

"A busca e apreensão acho que é uma atitude normal. Se buscar telefones, etc. Mas a prisão provisória eu acho que é uma medida muito extrema", acrescentou.

Além de Suzana e Rubens, outras quatro pessoas foram presas. São eles: Ana Paula Parizotto, superintendente administrativo-financeira da instituição na época dos fatos, e o economista Eroaldo Oliveira, CEO (Chief Executive Officer) da Unimed Cuiabá, Tatiana Gracielle Bassan e a ex-advogada da instituição, Jaqueline Proença Larréa.

Todos foram encaminhados para a sede da Polícia Federal (PF) para prestarem depoimentos e depois passarão por audiência de custódia no Fórum da capital.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Cuiabá.

Latorraca ainda alegou que o déficit de R$ 400 milhões da cooperativa não foi comprovado, e os médicos têm buscado, por meio de perícia, esclarecer se houve realmente esse desfalque. Argumentou ainda que está confiante em provar a inocência de seus clientes e reverter a decisão judicial em Brasília.

"A gente entende que o Dr. Jefferson Schneider sempre se imprimou pelas tecnicidades de suas decisões tão específico, que eu acho que houve um 'exagero' muito grande em prender pessoas que ainda estão buscando sua defesa", disparou o jurista.

"Dr. Rubens e Dra. Suzana, o tempo todo, buscam a perícia para identificar se houve esse déficit. No meio do caminho, vem essa prisão provisória, que tenho certeza que vamos conseguir derrubar em Brasília”, acrescentou o advogado.

Operação

A investigação identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no balanço patrimonial da entidade em 2022.

Estão sendo apurados os crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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