O deputado estadual Wilson Santos (PSD) defendeu a manutenção da eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), realizada em 7 de agosto, que elegeu Max Russi (PSB) como presidente e Dr. João (MDB) como primeiro-secretário.
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A defesa ocorre diante da possibilidade de anulação do pleito, pois a Procuradoria-Geral da República (PGR) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) pedindo que o Supremo Tribunal Federal (STF) anule a antecipação da eleição, sob a justificativa de que o regimento da Casa de Leis determina que o pleito deve ocorrer na última sessão ordinária de setembro do segundo ano legislativo.
Wilson argumentou que os deputados sabiam o que estavam votando e que o processo foi conduzido com clareza, sem afronta ao texto constitucional.
"Essa posição [da PGR] afronta, sim, a autonomia de um poder que tem quase dois séculos de existência. Espero que esta eleição seja mantida, e que o posicionamento majoritário do colégio, do TSE ou do Supremo Tribunal Federal, quem quer que seja o analisador dessa questão, leve em consideração a autonomia do poder legislativo mato-grossense", afirmou o deputado.
Wilson completou que acredita que a ação do procurador não deve prosperar, ressaltando a independência e história da ALMT. "A chapa foi eleita por unanimidade", acrescentou.
Ao ser questionado se a chapa eleita em agosto deve ser mantida, Wilson respondeu que é direito de qualquer parlamentar se candidatar, mas destacou que os eleitos foram escolhidos por unanimidade e que a prática da antecipação existe há mais de 15 anos, sem questionamentos anteriores por parte da PGR.