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Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

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Pescuma relembra descoberta do rasqueado e fala sobre a popularização do ritmo cuiabano no Brasil

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Pescuma relembra descoberta do rasqueado e fala sobre a popularização do ritmo cuiabano no Brasil
O cantor e compositor Pescuma, um dos principais nomes do rasqueado cuiabano, compartilhou em entrevista ao PodOlhar como descobriu e adaptou o estilo musical que viria a ser a base de sua carreira. Sem conhecer o rasqueado quando chegou a Mato Grosso, ele rapidamente se interessou pelo ritmo, que até então era pouco difundido fora da região e mantido no anonimato devido ao isolamento histórico do estado em relação aos grandes centros culturais do país.


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“Não conhecia. Até porque o rasqueado ficou muito tempo escondido aqui. Aliás, o Mato Grosso ficou”, explicou Pescuma. Ele detalhou que, até algumas décadas atrás, o estado possuía poucas conexões com outras regiões e que, para chegar ao Rio de Janeiro, por exemplo, era preciso passar pela Argentina. Esse isolamento contribuiu para que o rasqueado permanecesse uma expressão cultural local, com pouca projeção nacional.

Ao chegar em Cuiabá, Pescuma se uniu a artistas locais como Bolinha, Vera e Zuleika, Guapo, Roberto Lucialdo, João Eloy e Gilmar Fonseca, que já preservavam o ritmo, mas com pouca projeção. Sua entrada para o movimento cultural ocorreu em parceria com o projeto Sentimento Cuiabano, que reuniu literatura, música e cinema para promover as raízes cuiabanas. Ao trazer novos elementos para o estilo, Pescuma buscou aproximar o rasqueado das batidas populares, sem perder a essência regional. Em suas palavras, o ritmo se tornou “mais cuiabano do que paraguaio”.

O cantor destaca que o rasqueado é uma evolução das tradições folclóricas, com forte influência do siriri e do cururu, mas que adquiriu identidade própria ao ser tocado com o ganzá e a viola-de-cocho. Essa fusão foi além: “O lambadão é a fusão do rasqueado com a lambada”, observou Pescuma, explicando como o estilo ainda abre espaço para variações que incorporam novos elementos.

Entre os sucessos de Pescuma, destacam-se “Cabeça de boi” e “Sol tá quente pra daná”, gravadas em coletâneas da Secretaria de Cultura e que conquistaram popularidade ao levar o rasqueado para além dos limites de Mato Grosso. Ele conta que o apoio de parceiros como Henrique e Claudinho, que cruzaram as sonoridades de viola e violão, e a contribuição de Zezé Di Camargo, foram essenciais para a aceitação e expansão do estilo musical.

O cantor acredita que o momento é propício para uma nova fase de popularização do estilo. “Está na hora de dar uma aquecida de novo no rasqueado. São todos grandes parceiros, grandes irmãos. Vamos bombar de novo o rasqueado”, concluiu Pescuma.
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