Funcionários das Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Várzea Grande denunciam a exoneração de trabalhadores em diversas unidades, nesta semana, após o prefeito Kalil Baracat (MDB) não se reeleger para o próximo mandato. Conforme uma das denunciantes, boatos apontavam uma lista com cerca de mil nomes, e na quinta-feira (31), gerentes das UBS foram chamados na Secretaria Municipal de Saúde para buscar a relação dos funcionários exonerados.
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“As gerentes foram chamadas para ir no Recursos Humanos (RH), na Secretaria de Saúde, buscar as listas com os exonerados. Na minha unidade, são quatro equipes, cada uma tem um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e três agentes comunitários de saúde. Uma médica, duas enfermeiras, uma dentista e uma recepcionista foram demitidas”, explicou a denunciante, que preferiu não se identificar, ao Olhar Direto.
Por conta das demissões, as equipes ficaram desfalcadas, prejudicando ainda toda a UBS. Além disso, todos ficaram muito abalados com as demissões, pois eram equipes unidas. Conforme a denunciante, uma das gerentes passou mal por ter que comunicar aos funcionários as respectivas demissões.
“Estamos todos muito mal aqui, nossa equipe é super unida e trabalhar muito bem, atendendo uma área imensa, e isso não ocorreu só aqui, foram várias unidades. Depois das eleições, nos avisaram que teríamos o salário em dia, porém com desconto do Bipre, que é uma verba indenizatória. Aí ontem recebemos os boatos das demissões, e no último dia útil (31), pagaram os salários e soltaram as demissões”, relatou a funcionária.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Várzea Grande, que alegou o respaldo pela Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF), quanto aos gastos com o funcionalismo público relativos a salários e vantagens.
Confira a nota, na íntegra:
Possíveis demissões são decorrentes do final do mandato e das imposições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), quanto aos gastos com o funcionalismo público relativos a salários e vantagens. Existem limites que necessitam ser cumpridos até para o fechamento das contas do último quadrimestre do ano em curso, lembrando ainda, que por se tratar do final de uma gestão, as exigências e imposições legais são ainda maiores e passíveis de punição se deixadas de ser cumpridas.
Lembramos ainda que todas as medidas são amparadas na forma da lei e que estão sendo consideradas ações para que os serviços de áreas essenciais sejam mantidos e o atendimento à população continue sem prejuízos.