A discussão entre o governo e os chefes dos demais Poderes sobre o duodécimo para 2025 tem travado uma queda de braço. Com a previsão de um crescimento de 8,5% na receita líquida, chegando a R$ 38,03 bilhões, o Tribunal de Justiça, de Contas e o Ministério Público buscam ampliar os repasses orçamentários, pressionando por um reajuste do percentual.
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O governo, no entanto, tem se posicionado para manter sua destinação de recursos voltada às obras de infraestrutura e áreas consideradas prioritárias para a gestão de Mauro Mendes (União).
Em meio às negociações, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, ressaltou a importância de direcionar o aumento das receitas para projetos que “impactam diretamente a vida do cidadão".
Para ele, embora o governo esteja aberto ao diálogo com os demais poderes e os deputados estaduais, é preciso explicar que as prioridades do orçamento são pautadas pelo retorno dos investimentos na ponta, especialmente em infraestrutura, saúde e educação.
“A gente vai buscar o melhor diálogo possível com a Assembleia para que compreendam o que está no orçamento e os investimentos que o governo pretende fazer,” declarou.
Ele ressaltou que o planejamento inclui, além de novas obras, hospitais regionais, o Hospital Central, programas habitacionais e melhorias na segurança pública.
“Esses investimentos estão transformando o Mato Grosso e precisam ser priorizados para atender as demandas da população,” afirmou.
Embora o governo reconheça a relevância das demandas dos demais poderes, Garcia destacou que a alocação de recursos deve seguir “as definições prioritárias” da gestão, reforçando que a administração tem mantido uma política de responsabilidade fiscal e gestão focada em resultados práticos.
O debate acontece enquanto a Lei Orçamentária Anual (LOA) ainda passa por apreciação dos deputados estaduais e poderá sofrer ajustes até sua aprovação final.