O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), negou que tenha pretensão de concorrer a um espaço na próxima Mesa Diretora, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) acate uma ação da Procuradoria Geral da República (PGR) que questiona as antecipações das eleições das Casas Legislativas do país, onde a maioria se antecipou por causa das eleições de 2024.
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Nos bastidores comentou que essa medida poderia beneficiar Botelho que, deixou de concorrer um espaço na diretoria porque apostava que ganharia a eleição para prefeito de Cuiabá, o que não ocorreu.
No entanto, o deputado deixou claro que defende a manutenção da chapa que foi vitoriosa no último pleito e que a Procuradoria da Casa aguarda ser notificada para apresentar o posicionamento aos ministros do Supremo.
“Não procede. Essa informação [de querer ser primeiro-secretário] realmente não procede. Nós tivemos uma eleição aqui em que foi feita uma eleição unânime, todos votaram. Acredito que se tiver outra eleição, mantendo o que está aí, eu não vejo necessidade nenhuma de mudança”, ressaltou em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (4).
Botelho espera que, caso tenha uma decisão contrária, que os questionamentos do PGR, em relação a eleição ser realizada dentro de um prazo específico, especialmente depois das eleições, sejam obrigatórias a partir de 2025, evitando um desgaste interno, já que essa aç~]ao mexeu com humor do legislativo, principalmente os que garantiram espaço na próxima Mesa Diretora, como o deputado Dr João (MDB).
Escolhido para ser primeiro-secretário, o emedebista ressaltou que qualquer mudança na chapa pode criar um clima “infernal” na Assembleia que, segundo ele, também pode ser conhecida como “Casa dos Horrores”.
“Nós temos que aguardar ser notificado, não foi ainda. Assim que for notificado, a Procuradoria vai entrar, vai defender para a manutenção da eleição. Eu acredito que vai ser mantido, [a PGR] entrou contra várias Assembleias, e eu acredito que não vai anular a eleição. Parece que são 14 Assembleias. O Supremo vai fazer uma modulação daqui para frente”, comentou.
“Nós podemos fazer [eleição da Mesa Diretora] até dia 31 de janeiro. Então, ele está colocando como prazo de antecipação como sendo mínimo em outubro. Aí, de outubro até 31 de janeiro, pode-se fazer eleição. Então, doravante, vamos ter que alterar a nossa Constituição, o nosso regimento, e adequar isso, mas daqui para frente, eu acredito que até essa eleição deva ser mantida”, acrescentou.