O Conselho Regional de Odontologia de Mato Grosso (CRO-MT) recebeu uma série de denúncias de assédio moral e condições precárias de trabalho contra a Superintendência de Saúde Bucal, da Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis. Nesta quarta-feira (6), a presidente do CRO-MT, doutora Wânia Dantas, reiterou a cobrança quanto às providências adotadas pela administração municipal quanto ao caso. O
Olhar Direto tenta conato com a prefeitura da cidade.
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Em ofício enviado às secretarias Municipais de Saúde e de Gestão, a presidente do CRO-MT cobrou informações sobre Processo Administrativo Disciplinar (PAD) referente às denúncias contra a servidora responsável pela Superintendência de Saúde Bucal.
Além das denúncias de assédio moral e condições degradantes de trabalho, segundo a presidente do CRO-MT outro fator estaria relacionado ao fato de a superintendente em Saúde Bucal não ser profissional da odontologia, mas sim uma pedagoga.
“Entretanto mesmo com diversas denúncias e graves apontamentos tanto na estrutura física das unidades bem como falta de equipamentos e remoção inadequada de profissionais sem respeitar as especialidades causando transtorno no atendimento da população, solicitamos mais uma vez apoio para uma ação imediata com objetivo de restabelecer a segurança e o bem-estar dos profissionais e população assistida”, cobrou Wânia Dantas.
Além das secretarias municipais, o ofício também foi encaminhado à Câmara de Rondonópolis, já que as denúncias feitas pelos profissionais também repercutiram no parlamento municipal.
Assédio moral
Em junho deste ano, após as reiteradas denúncias recebidas pelo CRO-MT, a presidente do conselho esteve em Rondonópolis reunida com alguns cirurgiões dentistas da rede pública municipal para apurar o caso. "Recebemos várias queixas sobre péssimas condições de trabalho e situações de assédio moral contra servidores", afirmou.
Uma das denúncias feitas ao Conselho está relacionada a demissão de uma cirurgiã-dentista logo após retornar de licença médica. A especialista em Odontopediatria Paula Nunes das Neves, relatou ter sido exonerada por retaliação após divergências com a superintendente.
A presidente do CRO enfatiza ainda que as denúncias envolvem outros cirurgiões dentistas, que relatam um ambiente de trabalho onde colegas temem represálias por expressarem opiniões divergentes da gestão.
"É uma situação preocupante que exige uma intervenção urgente para garantir a qualidade do serviço odontológico oferecido à população e o restabelecimento de um ambiente de trabalho saudável para os colegas cirurgiões dentistas, que cuidam da saúde dos que procuram atendimento”, concluiu a presidente.