A vereadora por Cuiabá, Maysa Leão (Republicanos), cobrou que a Câmara Municipal tome alguma providência em relação às denúncias feitas pelos parlamentares e pelo prefeito eleito Abilio Brunini (PL), que liga os vereadores a facções criminosas.
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Ela ressaltou que a Procuradoria deveria intimar os denunciantes para apresentarem provas. Maysa destacou que essas “falácias” pela imprensa mancham cada vez mais a imagem do parlamento, que já não é boa.
“A partir do momento em que você concorre a um cargo eletivo, que você vence, tem que tomar cuidado com tudo que você diz, porque você é uma autoridade. Falar até papagaio fala, a gente precisa de provas. Me sinto receosa, estou em um parlamento onde todo mundo foi financiado? Quem foi financiado? Eram quatro? São 20? Quantos são, quem são, quantos foram eleitos?”, questionou.
Ela comentou que já ouviu muitas histórias nos bastidores da Câmara, no entanto, não propaga as histórias porque não tem como provar. Maysa defendeu que, caso seja confirmado o elo entre vereadores e facções, os parlamentares devem ter o mandato cassado.
“Porque se for comprovado que tem alguém aqui que está ligada ao crime organizado, essa pessoa precisa sair daqui, isso é quebra de decoro”, disse.
Denúncias
Após afirmar, sem apresentar provas, que cerca de 4 ou 5 vereadores foram eleitos com apoio de uma facção criminosa, o vereador eleito Rafael Ranalli (PL) prometeu fazer uma denúncia formal à Polícia Federal (PF) no primeiro dia de seu mandato, citando nomes de parlamentares envolvidos.
Ele afirmou que houve “interferência, coação e extorsão de moradores para votar ou não” em determinados candidatos. Questionado se tem provas, disse que fará apenas a denúncia, alegando que a responsabilidade de investigar e encontrar essas provas é das autoridades.
Já o Tenente-Coronel Dias (Cidadania) revelou que pelo menos 20 candidatos concorreram nas eleições deste ano e estariam sendo investigados pela Polícia Federal.
O prefeito eleito comenta sobre suposta participação de facção criminosa na formação da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá. Abilio disse que tudo que ele falou na imprensa ou recebeu de informação já foi repassado para a polícia.