Gisela Simona (União) é a segunda deputada de Mato Grosso a assinar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa discutir o fim da jornada de trabalho 6x1. O primeiro parlamentar do Estado a assinar foi Emanuel Pinheiro Neto – o Emanuelzinho (MDB). A proposta já alcançou 194 assinaturas e já pode começar a tramitar na Câmara Federal.
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A PEC, apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP), busca reduzir a carga horária semanal de trabalho de 44 para 36 horas, mantendo a jornada máxima de oito horas diárias, sem redução salarial. Proposta no dia 1º de maio – Dia do Trabalhador – a pauta ganhou destaque nas redes sociais nos últimos dias.
Por se tratar de uma PEC, é preciso um terço da composição, ou seja, 171 parlamentares de acordo com o texto. A proposta tem enfrentado resistência dos partidos de direita: enquanto toda a bancada do PSOL e metade da do PT assinou, apenas um deputado do PL está entre os signatários. Trata-se de Fernando Rodolfo (PE), que integra uma ala da sigla mais fisiológica da legenda.
“Assinei a PEC 6x1 para que ela seja apresentada na Câmara e, dessa forma, seja possível iniciar o debate sobre o assunto. Acredito que receber essa proposta na Câmara se faz necessária para que possamos iniciar uma discussão que analise todos os lados: o trabalhador, o empresário e a economia”, escreveu a parlamentar em sua rede social, nesta quarta-feira (13).
A discussão em torno da PEC foi encabeçada pelo vereador eleito do Rio de Jabeiro Rick Azevedo (PSOL), que lidera o Movimento Vida Além do Trabalho. Sua correligionária trouxe a proposta para o Congresso Nacional. Na comissão de Direitos Humanos da Casa, Erika Hilton disse que o fim da escala proporcionaria uma melhor saúde mental ao trabalhador.
Gisela, no entanto, lembrou que a proposta não está em discussão. A ideia é que proposta seja debatida para que congressistas da base e da oposição cheguem a um denominador.
“É preciso deixar bem esclarecido que a PEC ainda não está em tramitação e não existe uma votação em andamento. Por isso, defendemos que ela seja aceita e possamos buscar um regime trabalhista justo e produtivo para nosso país”, completou.