O governador Mauro Mendes (União) criticou, mais uma vez, a proposta de instalação de câmeras nas fardas dos policiais. Ele ressaltou que crimes praticados pelos agentes são exceções, como em todas as categorias, e, por isso, não há necessidade de adoção de uma medida que colocaria os policiais na mesma vala que os criminosos.

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“Nós temos hoje no Brasil milhares de pessoas praticando crimes. Por policiais é menos de meio por cento, é 0,0 qualquer. Eu não estou preocupado em tomar uma medida para combater 0, 0, 0, 0, 0, qualquer coisa como se os nossos policiais fossem bandidos”, ressaltou.

“Transformar os nossos policiais como se bandidos o fossem e precisando estar vigilando eles o tempo todo, isso eu não concordo, porque eu sei que a grande maioria absoluta dos nossos profissionais de segurança são pessoas sérias, pais e famílias honestos e que trabalham com decência e dignidade”, complementou.

O uso do equipamento para o monitoramento das atividades policiais tem sido adotado em alguns estados do país, como em São Paulo. Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas apontou que a letalidade de policiais caiu em quase 40% devido ao uso do equipamento.

No entanto, o governador vê com estranheza a atitude, pois a instalação das câmeras nas fardas não é uma medida eficiente para combater a violência e a atuação das organizações criminosas.

“Se tem alguém praticando algum crime é a minoria absoluta. Toda profissão tem profissionais que fogem ao seu código de conduta, que não praticam a sua atividade dentro de uma ética e da legalidade. A câmera não é um mecanismo eficiente e eficaz para combater os crimes que eventualmente alguns colocam ou que praticam”, destacou.