O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou nesta sexta-feira (29) que a cidade de Cuiabá vive um caos na saúde, com a paralisação de serviços médicos e falta de insumos em algumas unidades de Saúde. Sem mencionar a gestão Emanuel Pinheiro (MDB), o chefe do poder Executivo disse que "pessoas podem morrer se nada for feito no apagar das luzes deste período das trevas".
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A declaração do governador foi feita nesta manhã, no momento em que ele foi questionado sobre a possibilidade de o Estado apoiar uma nova intervenção na Capital. "A grande intervenção o cidadão já fez. Botou pra correr todo aquele grupo que está lá. Essa é a grande intervenção”, disparou.
Na sequência, ele explicou que assinou, junto com o secretário de Saúde, um documento que foi endereçado ao Ministério Público (MP) e ao Tribunal de Contas (TCU) no qual relata a situação caótica para que os órgãos tomem ciência e tomem providências.
O governo reclamou da ausência de especialidades médicas no Hospital São Benedito, redução de equipes, ausência de materiais/insumos no âmbito do Hospital Municipal de Cuiabá, inconstância na realização de procedimentos eletivos, constante solicitação de transferência à rede estadual por ausência de resolutividade, entre outros problemas.
"Tá o caos. Vocês mesmo da imprensa já anunciaram que o HMC parou.. Um monte de coisa no HMC [pararam]”. “Alguém tem que tomar providência. Quem tem que tomar providência é o Tribunal de Contas e o Ministério Público. São os órgãos de fiscalização. É um caos. Vai morrer gente aqui em Cuiabá se nada for feito durante esse período aí do apagar das luzes deste período das trevas na nossa cidade", disse Mendes.
Nesta quinta-feira (29), o procurador-geral de Justiça, Deosdete Cruz Junior, requereu ao Tribunal de Justiça (TJMT) que solicite ao Tribunal de Contas do Estado a análise de várias inconsistências apontadas pelo governo em relação à prestação dos serviços de saúde em Cuiabá.
O requerimento foi anexado nos autos da Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva, que está sob a relatoria do desembargador Orlando de Almeida Perri.