O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, criticou o pacote de contenção de despesas anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em sua avaliação, a proposta vai aumentar a tributação do país e, no momento, é necessário enxugamento da máquina pública.
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“O pacote traz junto uma isenção de imposto e uma tributação, portanto, entendo que corte de gasto é você cortar secretaria, ministério, é cortar estrutura, é trazer eficiência, aí é de fato um corte de gasto, quando você tem aumento de tributos não significa corte de gasto”, comentou.
Uma das medidas anunciadas pelo governo é a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e prevê uma taxação mínima de 10% aos que recebem mais de R$ 600 mil em um ano.
Garcia destacou que essa medida não é necessária nesse momento, visto que a máquina pública continua inchada com ministérios acima do que é necessário.
“Quem pense que uma máquina grande, pesada, cara, é eficiente, eu sou daqueles que penso que a máquina precisa ser enxuta, precisa ser eficiente, precisa ter o custo minimamente necessário para que sobre dinheiro para fazer investimento na ponta. E, portanto, eu acho que o caminho do Brasil é enxugar o tamanho da máquina pública, é cortar a despesa na carne de todos os poderes e não aumentar imposto”, ressaltou.