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Prefeita de Cáceres reforça preocupação com crise hídrica e alerta para conscientização ambiental

02 Dez 2024 - 16:47

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Rafael Machado

Foto: Reprodução

Prefeita de Cáceres reforça preocupação com crise hídrica e alerta para conscientização ambiental
A prefeita de Cáceres, Eliene Liberato (PSB), reforçou sua preocupação com a crise hídrica enfrentada pelo município após período de estiagem prolongada e queimadas no Pantanal. Na semana passada, ela assinou decreto que declara situação de emergência hídrica na cidade, medida necessária diante da baixa histórica do Rio Paraguai e da escassez de água que impacta bairros urbanos e áreas rurais.


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De acordo com o decreto, os bairros Nova Era, Jardim Padre Paulo e Residencial Aeroporto estão entre as regiões mais afetadas, registrando dificuldades no abastecimento de água. Na zona rural, ruralistas alertaram para os riscos de morte de animais e perdas em plantações devido à falta de chuvas. A prefeita também destacou o aumento dos focos de queimadas em pastos, florestas e áreas de cultivo, agravando os problemas ambientais e econômicos.

“Precisamos criar mecanismos de conscientização e sensibilização para a população. O decreto não veda, mas orienta, trazendo meios para que as pessoas colaborem com a situação que Cáceres está passando. É essencial cuidar da água e evitar desperdícios”, afirmou Eliene.

Entre as medidas adotadas pelo município, está a proibição de práticas como lavar calçadas, encher piscinas e utilizar lava-jatos domésticos. O decreto, com validade inicial de 180 dias, também autoriza ações emergenciais para garantir o fornecimento de água tratada a populações vulneráveis e suporte à atividade rural, incluindo o envio de caminhões-pipa para abastecimento.

Eliene ressaltou que a seca prolongada tem impacto direto na saúde pública, na economia local e na preservação ambiental. Apesar dos esforços da administração municipal em ampliar e revitalizar a rede de abastecimento, áreas rurais e assentamentos ainda sofrem com a falta de água, exigindo apoio do governo estadual e consórcios para mitigar os efeitos da estiagem.

Para enfrentar esses desafios de forma mais estrutural, a prefeita defendeu ações integradas de educação ambiental, recuperação de nascentes e preservação de recursos naturais. “Não podemos apenas cuidar da consequência. Precisamos trabalhar na causa, promovendo conscientização nas escolas e com a sociedade, além de unir esforços com o Estado e instituições como a Unemat para recuperar áreas degradadas”, explicou.

O município também está investindo na mobilização social para reduzir o impacto das queimadas, que afetam a saúde e o meio ambiente local. A prefeita reafirmou o compromisso da gestão com a proteção do bioma do Pantanal, considerado um dos mais delicados do país, e destacou que a crise hídrica é um reflexo das ações humanas.

A expectativa é que, com a chegada do período chuvoso, o nível do Rio Paraguai volte a se normalizar. No entanto, Eliene alertou para a necessidade de um planejamento estratégico para o próximo ano, a fim de evitar que a situação se repita.
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