O empresário do agronegócio Odílio Balbinotti Filho criticou a gestão das contas públicas pelo governo do presidente Lula (PT) logo após a equipe econômica do ministro Fernando Haddad (Fazenda) apresentar o pacote de corte de gastos. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, ele afirmou que o país enfrenta um caos e desastre financeiro na condução da política fiscal. Desde o término das eleições municipais, Odílio tem intensificado sua presença nas redes sociais e já manifestou o desejo de concorrer ao governo do estado em 2026.

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Durante as eleições deste ano, ele se destacou como o quarto maior doador nacional de campanhas. No total, foram R$ 4,7 milhões doados para diretórios de partidos de direita e candidaturas bolsonaristas em Mato Grosso.

“É um desastre o que está acontecendo no nosso país na condução das contas públicas. A gente vê um governo federal que não trata as suas finanças como a gente trata as nossas finanças em nossas casas. Pense que você ganha 10 e gasta 12. Isso não se sustenta. Após alguns meses, o que vai acontecer? Você vai ter um caos financeiro e um problema muito sério. E no governo federal não é diferente”, disparou em um vídeo publicado em seu Instagram no último final de semana.  

Segundo ele, o mal gasto do dinheiro público provoca um efeito cascata, com consequência principalmente na insegurança do mercado, investidores e na alta do dólar. 

“Hoje o que está acontecendo? Está gastando muito mais do que realmente arrecada. Automaticamente, as contas públicas vão ficando no vermelho. Vai ficando no vermelho e isso vai trazer uma insegurança para o mercado e o dólar sobe. Quando o dólar sobe, sobe a inflação, sobe o custo dos alimentos e isso acaba derretendo o poder aquisitivo dos nossos salários”, completou no vídeo. 

Ele escreveu na legenda da publicação que o governo não tem tomado atitudes reais para resolver o problema. “Infelizmente vamos ter que conviver com preços absurdos de alimentos e combustíveis, o que empobrece nossa população”. 

Na última semana, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) criticou o pacote fiscal proposto pelo governo Lula afirmando que o estado de Mato Grosso poderá perder cerca de R$ 700 milhões devido às novas faixas de isenção do Imposto de Renda. 

O senador Wellington Fagundes (PL), por sua vez, afirmou que ele e outros líderes da oposição vão trabalhar para que a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda não avance da forma como está. 

O pacote inclui medidas como taxação dos super-ricos e fim dos supersalários no funcionalismo público, que visa gerar uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos.
 
Além disso, o governo também anunciou a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. Mendes, contudo, opinou que a medida vai afetar negativamente a arrecadação de todos os municípios brasileiros.