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Terça-feira, 21 de janeiro de 2025

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Em depoimento, Sandro Louco confessa ter lucro de R$ 75 mil mensais com 'mercadinho do preso'

Foto: Reprodução

Em depoimento, Sandro Louco confessa ter lucro de R$ 75 mil mensais com 'mercadinho do preso'
Apontado como o “01” da facção criminosa Comando Vermelho (CVMT) em Mato Grosso, Sandro da Silva Rabelo – o Sandro Louco – admitiu em depoimento que lucrava até R$ 75 mil mensais com as revendas do mercadinho que funciona na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, unidade em que ele está preso.


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O depoimento ocorreu durante a ação penal da Operação Ativo Oculto, deflagrada em março de 2023 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Na ocasião, Sandro e a sua esposa, Thaisa Souza de Almeida Silva Rabelo, foram presos.
 
Ao juiz da Vara do Crime Organizado, Jean Garcia de Freitas Bezerra, Sandro explicou que em 2012 teve a ideia de abrir o “mercado do preso”. A proposta foi apresentada à direção da época, que, segundo ele, acatou a ideia, mas decidiu ela própria administrar o novo empreendimento. Para isso, criaram a Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec).
 
"Tive a ideia de lançar o mercado do preso, porque tinha aquela burocracia de a família ter que trazer as coisas. A gente passou esse projeto para a direção, que fez uma análise e viu que iria entrar muito dinheiro. E aí pegaram o projeto para eles mesmo, pra Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec), que é quem fornece as compras. Desde 2013, até o final de 2022, eu tinha cantinas aqui", disse em vídeo publicado pelo site G1/MT. Assista ao vídeo aqui.
 
A declaração de Sandro desencadeou na Operação Nexus, deflagrada nesta terça-feira (3) também pelo Gaeco. A ação apura possível ligação de agentes públicos com a organização criminosa.
 
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, sendo quatro em residências e um na Associação dos Servidores da Penitenciária Central (Aspec), responsável por tocar o mercadinho. A operação busca arrecadar documentos que comprovem vínculos de transações financeiras e enriquecimento ilícito. Segundo o Gaeco, apesar da Associação não possuir capital social, movimentou entre o período de 18/09/2019 a 03/07/2023, mais de R$ 13 milhões.
 
Ao magistrado, Sandro explicou que fazia uma lista com as demandas dos detentos e enviava à Aspec, que fornecia os produtos para revenda. Assim que as mercadorias acabavam, os presidiários recompravam do preso.
 
“Eles compram da Aspec também, mas quando acaba a compra, eles pegam o que tem aqui dentro, pois não vão esperar. Daí esse dinheiro [do pagamento] é arracadado com as visitas deles", detalhou.
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