O diretor responsável pela empresa Locar Ambiental não compareceu na sessão ordinária da Câmara de Vereadores desta terça-feira (03) para responder questionamentos sobre a precariedade nos serviços da coleta de lixo e sobre novo contrato de R$ 85,7 milhões com a Prefeitura de Cuiabá.
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Diante da situação, o vereador Dilemário Alencar (União) sugeriu condução coercitiva do diretor para que compareça ao Legislativo e explique o que está ocasionando o atraso na coleta de lixo em bairros da capital.
“O representante de Locar desrespeitou a prerrogativa constitucional de convocação da Câmara. Ele apenas apresentou um ofício com meras explicações. Oras, ele sabe que o pedido de explicações expressas na convocação tem que ser feito em plenário e que ofício não supre a ausência dele. Portanto, posso dizer que ele é um fujão que desrespeitou o parlamento cuiabano, pois há dias ele sabia da hora e do local para participar da oitiva. Portanto, ele vai ter que comparecer na Câmara Municipal, nem que seja de forma coercitiva”, disse o vereador.
“A convocação ocorreu porque estamos vivendo grande precariedade na coleta de lixo em nossa cidade. E o serviço da coleta é de caráter essencial. Portanto, o representante dessa empresa precisa explicar o porquê da deficiência, visto que não é tolerável, que mesmo pagando tributo, como o da taxa de lixo, o cidadão fique com lixo acumulado na porta da sua casa por dias”, complementou.
A Empresa Cuiabana de Limpeza Urbana (Limpurb) publicou no último dia 26, na Gazeta Municipal, o resultado de um pregão em que a atual empresa responsável pelo serviço de coleta de lixo, a Locar Saneamento Ambiental, foi a vencedora do certame. O novo contrato tem o valor anual de R$ 85,7 milhões e pode ser renovado a cada ano.
A medida acontece três meses depois em que a prefeitura deu um aditivo de R$ 9 milhões para a mesma empresa em um contrato em vigência que se encerra no próximo dia 3 de dezembro.
“Queremos questionar o fato da Locar ter participado de recente pregão eletrônico dos serviços da coleta de lixo, mesmo tendo uma grande dívida para receber da Limpurb. Isso tem que ser explicado, pois como que uma empresa vai continuar atendendo um cliente, se esse cliente é um mau pagador? Segundo levantamento, a Limpurb deve mais de R$ 20 milhões para a empresa Locar. É muito estranho o que está acontecendo”, ressaltou.
(Com informações da assessoria)