O vereador Demilson Nogueira (PP) afirmou que o grupo denominado G-5 não apoiará Paula Calil (PL) para a presidência da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Cuiabá, nas eleições de 1º de janeiro. Compõem o G-5 o próprio Demilson, além dos vereadores Dilemário Alencar (UNIÃO), Sargento Joelson (PSD), Daniel Monteiro (Republicanos) e o pastor Eduardo Magalhães (Republicanos).
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Esse grupo tem pregado independência em relação às duas chapas em disputa pela mesa da Casa: Jefferson Siqueira (PSD) e Paula Calil, que tem o apoio do prefeito eleito Abilio Brunini (PL).
Mas o nome de Paulo, contudo, é rejeitado. “Nós não trabalhamos com a hipótese de ter a verdadeira eleita Paula Calil como presidente", disse Nogueira. "Nós trabalhamos com a hipótese de ter o Eduardo, de ter o Joelson, de ter o Dilemário, de ter o vereador Demilson o presidente. Agora, em política você não fecha conversação, mas nós estamos trincados por 5 que vamos caminhar assim”, revelou nesta terça-feira (3).
Ao rejeitar a candidatura de Paula, o vereador fez uma comparação entre a situação dela e a de Daniel Monteiro, também um vereador novato. Demilson contou que o parlamentar não se candidatou à presidência porque reconheceu que ainda não estava preparado para a função.
Ele disse ter ouvido a mesma declaração de Paula. No entanto, diz que ela mudou de ideia quando foi “ungida” para assumir a presidência.
“Ele [Daniel Monteiro] entende que os meandros da casa, os arranjos, ele ainda não está pronto. Ele não está pronto. Mas isso inclusive a própria vereadora Paula disse a mim e a Maysa Leão que ela não estaria pronta. Mas no momento que ela foi ungida, aí já ficou pronta”.
O vereador revelou que o grupo realizou uma reunião com o prefeito Abílio, e que o gestor concordou que membros do G-5 possam assumir a presidência. No entanto, de acordo com Demilson, o prefeito vetou seu nome para o cargo por considerá-lo muito "sanguíneo".
“Qualquer um de nós [G-5] pode ser candidato. Inclusive, nós oferecemos ao prefeito Abílio numa conversa a candidatura do Eduardo, Joelson, Dilemário e ele aceitou. A minha ele falou, ‘a sua não, porque você é sanguíneo como eu, um dia a gente vai estar de bem, outro dia não vai estar de bem, eu preciso de alguém que eu tenha afinidade’.
Demilson afirmou que outros vereadores e vereadoras estão conversando com o grupo e, segundo ele, é possível que o cenário atual mude até o dia 1º de janeiro.
O vereador rebateu a informação de que uma das duas candidaturas já tem 11 votos. “Nós sabemos que não. E nós não temos só 5. De repente, ficam 3 grupos de 9; um de 10, 8 e 9...”, disse ele, sugerindo uma possível redistribuição dos votos entre os candidatos.
Por último, disse que a a proposta do G-5 é estar dentro da governabilidade da administração Abilio para “levar Cuiabá adiante”.
“Nós fizemos oposição o tempo todo aqui, criticamos uma série de situações que acontecem em Cuiabá, nós chamamos até de desmandos. Então não seria justo agora, começando um governo novo, nós entrarmos já fazendo oposição, não é isso que nós queremos, nós queremos ajudar na governabilidade. No entanto, o Abílio, ele quer escolher o presidente pra casa a qual ele tenha afinidade. Essa foi a expressão que ele usou pra mim”.
