O empresário do agronegócio Odílio Balbinotti afirmou que parte significativa do setor produtivo rejeita o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devido a questões ideológicas e à insegurança jurídica. Segundo Balbinotti, a postura do governo petista gera um ambiente de incerteza e reforça uma narrativa que frequentemente coloca os produtores como responsáveis por problemas ambientais e sociais.
ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O BOLSONARISTA ODÍLIO BALBINOTTI:
Para Balbinotti, a insegurança jurídica é um dos principais motivos de insatisfação do agronegócio. Ele mencionou o aumento de invasões de terra em 2023 como um reflexo de políticas consideradas lenientes.
"Nós temos o direito à propriedade no país, a propriedade é legítima, mas as invasões acontecem. Só em 2023 tivemos mais invasões do que em todo o governo Bolsonaro. Isso deixa o agricultor muito incomodado, porque é propriedade do produtor", disse.
Balbinotti também criticou a indefinição sobre o marco temporal, o que, segundo ele, contribui para a insegurança no campo.
O empresário apontou que o setor produtivo sente-se frequentemente culpabilizado por questões ambientais, como incêndios florestais, ignorando a contribuição dos agricultores no combate a esses problemas. "O agricultor é o grande bombeiro hoje da sociedade, mas é sempre olhado como o vilão. Isso incomoda, porque há um preconceito ideológico contra o agricultor no governo atual".
Balbinotti também criticou boicotes internacionais aos produtos brasileiros, particularmente da União Europeia, que alegam questões ambientais. Ele destacou a discrepância entre a realidade brasileira e a de países europeus.
"A moral de uma empresa francesa, onde a reserva ambiental é de 4%, contra o Brasil, onde temos 64% do território intocado, é questionável. Isso repercute porque, dentro do próprio país, há quem pense igual a eles, fortalecendo essas ações", declarou.
Segundo Balbinotti, o setor é financeiramente independente, mas depende de segurança jurídica para manter sua produtividade. "O agro hoje é muito independente, já teve uma fase em que dependia de financiamentos públicos, mas agora trabalha com financiamentos privados. Não importa se o governo é de direita ou esquerda, o que importa é a segurança jurídica".
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