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Terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

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INVASÃO DE TERRA

Wilson ironiza CPI de Cattani: ‘se me indiciar, vai ter que fazer com Dom João V”

Foto: Helder Faria / ALMT

Wilson ironiza CPI de Cattani: ‘se me indiciar, vai ter que fazer com Dom João V”
O deputado estadual Wilson Santos (PSD) ironizou a possibilidade de ser indiciado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que apura invasões de terras em Mato Grosso, por incentivar ocupação de áreas particulares.


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Segundo o parlamentar, se for indicado, como supostamente apontado pelo presidente da CPI, Gilberto Cattani (PL), figuras históricas, como Dom João V, também poderão sofrer a mesma penalidade.

“Se ele [Cattani] for indiciar eu, Barranco, Lúdio e Botelho vai ter que indiciar Dom João V, que assinou o tratado de Madri, vai que indicar o filho de Dom João V, Dom José I, vai ter que indiciar o neto da Dona Maria louca, depois vai ter que indicar Dom João VI, porque todos esses fizeram ampliação, alargaram o Brasil”, disse em entrevista à rádio Cultura FM.

Wilson disse que seu “colega” de parlamento precisa de férias para conhecer o processo histórico do estado. Ele ressaltou que o liberal é filho da reforma agrária e, ao invés de “demonizar” o programa, deveria ser defensor e grato.

“Talvez seja o único deputado estadual de Mato Grosso, na atual legislatura, que é beneficiado, que ganhou um lote do Incra e ele tem uma postura radicalmente contra reforma agrária. Onde Cattani está, no município de Nova Mutum e Lucas não pertencia a Portugal era uma área que pertencia com a Espanha, então ele está em uma área que foi invadida, ele deveria sair de lá, porque lá não era uma área que pertencia a Portugal, pertencia a Espanha”, relatou.

Wilson ainda comentou que a falta de entendimento do Cattani pode acabar com bairros da capital que surgiram a partir de invasões de terras particulares.

Ele ainda relembrou que foi indicado para participar das investigações, mas, ao ver Cattani na presidência, pressentiu que seguiria com viés político.

Incentivo

Na última semana, o presidente da CPI, Gilberto Cattani (PL), afirmou que no relatório constará nomes de deputados que supostamente teriam incentivado a invasão de propriedades.

A comissão foi instaurada após a invasão de uma terra na região do Contorno Leste, em Cuiabá.

Conforme Cattani, a área onde foram construídos poços artesianos pertencia ao senhor João Antônio Pinto, morto aos 87 anos por um policial civil num confronto em fevereiro deste ano, dentro da propriedade. Em março, proprietários de áreas no local prestaram depoimento à CPI.

Na ocasião, o filho de João Pinto, José Pinto, disse acreditar que o pai foi executado. Ele é dono de uma área de 139 hectares localizada à margem direita do rio Coxipó Mirim e relatou que um grupo de invasores ingressou na propriedade em janeiro de 2023 e ocupou um total de 70 hectares. José Pinto informou ainda que desde o início, o processo de ocupação ocorreu de forma violenta e que a família dele recebeu várias ameaças de integrantes do movimento.
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