O senador Jayme Campos (União) disse que está aberto ao diálogo para eventual apoio da centro-esquerda para uma possível candidatura ao governo nas eleições de 2026. Ele foi citado pelo deputado estadual Lúdio Cabral (PT) como nome que pode representar a união da esquerda e centro na disputa ao comando do Palácio Paiaguás contra a direita.
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“Eu fiquei feliz de ele [Lúdio] colocar na conta uma possibilidade até de me apoiar. E qualquer apoio será bem-vindo possível. Com certeza, sobretudo partindo desse médico profissional competente, desse político respeitado em Mato Grosso. E quero dizer aqui, estou aberto ao diálogo, a conversação com toda a população, com todos os partidos políticos, independente de qual seja a questão ideológica, bom saber, com certeza, que possa contribuir em uma eventual candidatura minha”, disse em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (6).
Jayme comentou que ainda não conversou com petista sobre a possibilidade e criticou a idealização de conceitos ideológicos, alegando não ser de direita ou esquerda.
“Esse negócio de esquerda e direita já está fora de moda, está chegando ao esgaçamento, criando um clima não favorável ao estado democrático e de direito. O que nós queremos, de fato, é a construção de um projeto político para o Brasil e para o Mato Grosso, que seja um projeto exequível. Um projeto que certamente traz algo de bom para o nosso povo”, destacou.
Jayme tem sido cortejado pelo MDB, que planeja renovar suas lideranças que, além do senador, incluiu outros nomes como o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União Brasil), e Max Russi (PSB). Apesar de demonstrar interesse em disputar o governo, Jayme enfrenta um obstáculo, a aproximação do governador Mauro Mendes (União) com a direita, que cogita incluí-lo como candidato ao Senado. Esse cenário poderia frustrar os planos de Jayme, que já sinalizou a possibilidade de deixar o União Brasil.