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Operação Panaceia

Após ex-adjunta da Saúde ser alvo da PF, Mauro reforça que irregularidades serão investigadas e punidas conforme a lei

09 Dez 2024 - 16:50

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Rafael Machado

Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Após ex-adjunta da Saúde ser alvo da PF, Mauro reforça que irregularidades serão investigadas e punidas conforme a lei
O governador Mauro Mendes (União) declarou que o governo estadual não compactua com irregularidades cometidas por servidores públicos e assegurou que tomará as medidas cabíveis sempre que casos de corrupção forem comprovados nas repartições estaduais. A declaração foi feita nesta segunda-feira (09), em resposta a questionamentos sobre o caso envolvendo Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, ex-secretária adjunta de Unidades Especializadas da Secretaria de Estado de Saúde (SES), investigada pela Operação Panaceia.


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“Eu trato como sempre tratei. O governo de Mato Grosso tem mais de 70 mil funcionários. Eu não consigo vigiar um por um o dia inteiro. Se alguém fez ou fizer alguma coisa errada, terá que responder por isso. Espero que os órgãos de controle atuem adequadamente, para investigar e não cometer nenhuma injustiça. Se alguém fez algo errado, que pague na forma da lei”, afirmou Mendes.

O governador reafirmou que medidas serão adotadas sempre que houver comprovação de irregularidades. “Eu tomo medida de acordo com as informações que tenho. Não tenho problema nenhum de exonerar qualquer um que seja, desde que tenha informações precisas e seguras de que cometeu algum tipo de irregularidade”, concluiu Mendes.

As investigações continuam sob condução da Polícia Federal e CGU, com apoio de auditorias e pareceres técnicos que subsidiarão possíveis responsabilizações judiciais e administrativas.

Operação Panaceia

Deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), a Operação Panaceia investiga fraudes em licitações e desvios de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os alvos da operação estão Caroline Campos Dobes Conturbia Neves, que pediu exoneração de seu cargo na última sexta-feira (6), e o diretor do Hospital Regional de Cáceres, Onair Nogueira, preso temporariamente.

A operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão temporária, afastamento de dois servidores públicos e bloqueio judicial de R$ 5,5 milhões. As apurações indicaram que, apesar de pareceres contrários da Procuradoria Geral do Estado (PGE), contratos irregulares foram firmados com empresas ligadas ao esquema investigado.

Segundo a CGU, o valor total contratado pelas empresas investigadas alcançou cerca de R$ 55 milhões até agosto de 2024, com maior concentração durante a pandemia.

Histórico de denúncias

Caroline Dobes já havia sido citada na Operação Espelho, deflagrada em fases anteriores. Em janeiro deste ano, o Ministério Público Estadual (MPMT) apresentou denúncia contra a servidora por suposta prática de organização criminosa, solicitando sua suspensão de funções públicas e acesso à SES.

A denúncia aponta que a servidora teria favorecido empresas integrantes do esquema criminoso em pelo menos sete processos licitatórios, com valores que somam R$ 43,4 milhões, desconsiderando pareceres da PGE. Além disso, auditorias apontaram o pagamento de R$ 90,8 milhões de forma indenizatória, sem licitação ou outro procedimento formal de contratação.
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