O servidor público aposentado Clovis Matos, idealizador do projeto Inclusão Literária, compartilhou a história por trás do título de Papai Noel Pantaneiro, que adotou para financiar sua iniciativa de distribuir livros em comunidades rurais. Durante entrevista ao PodOlhar, Clovis explicou como o convite para ser Papai Noel em um shopping de Cuiabá se conectou ao projeto e destacou sua identificação com o povo pantaneiro.
ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O PAPAI NOEL PANTANEIRO:
Segundo Clovis, a ideia surgiu há mais de 15 anos, enquanto trabalhava em uma livraria no Shopping Três Américas. "Sempre tive cabelo e barba grandes, e o cabelo ficou branco mais cedo. O pessoal do marketing do shopping me convidou para ser o Papai Noel porque não tinham ninguém disponível. Recusei no início, mas depois aceitei, quando percebi que poderia usar isso para financiar o projeto", explicou.
O trabalho como Papai Noel durou cerca de dois anos e meio, até que o projeto ganhou visibilidade e o apoio de patrocinadores, como a Energisa. "Nunca deixei de realizar o Inclusão Literária, mas no começo era difícil. Assumi o título de Papai Noel Pantaneiro para criar essa identificação com a terra e também para arrecadar recursos para o projeto", disse.
Além do financiamento, o título ajudou Clovis a reforçar seus laços com a comunidade pantaneira. Ele se considera um integrante do grupo. "Quando estou no Pantanal, não sou apenas o Papai Noel, sou um deles. Sento à mesa, como a mesma comida, tomo o café do jeito que eles fazem. Eles me recebem como parte da comunidade", relatou.
Em Porto de Fora, uma vila no Pantanal, a conexão de Clovis com os moradores é tão forte que a comunidade organizou uma festa e comprou um terreno para construir a Casa do Papai Noel Pantaneiro. "A ideia não é apenas uma morada, mas um espaço de trabalho e apoio para a comunidade. Quero levar cursos, palestras e ajudar a melhorar a qualidade dos produtos que eles fazem, buscando mercados para eles", explicou Clovis.
Com mais de 240 mil livros distribuídos ao longo de 19 anos, o Papai Noel Pantaneiro reforça a importância de manter os vínculos com as comunidades que apoia e de continuar levando acesso à leitura para as regiões mais remotas do Brasil.
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