O deputado Dr. João (MDB), que assume a primeira-secretaria da Assembleia Legislativa (ALMT) em fevereiro, negou que a eleição antecipada da Mesa Diretora, realizada em agosto de 2023, tenha gerado mágoas entre parlamentares e o Palácio Paiaguás. Durante entrevista ao PodOlhar, o emedebista também refutou rumores de que o atual presidente da Casa, Eduardo Botelho (União), teria articulado para retirá-lo do cargo durante a tramitação de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que questionava a legalidade da votação.

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O DEPUTADO DR. JOÃO:


Dr. João afirmou que a deputada Janaina Riva (MDB), inicialmente cotada para a Primeira Secretaria, decidiu abrir mão da candidatura ao perceber inviabilidades dentro do grupo de apoio. Segundo ele, a decisão foi tomada após diálogo com Botelho, que expôs o risco de perda de votos decisivos devido à proximidade de alguns parlamentares com o governador.

“Ela percebeu que estava sendo inviabilizada. O Botelho conversou com ela, dizendo: ‘O grupo te apoia, mas algumas pessoas têm ligação com o governador e você pode perder por um ou dois votos. Então, você decide.’ Ela raciocinou e concordou em buscar outra solução”, contou.

O convite para que Dr. João assumisse a primeira-secretaria ocorreu de forma direta, segundo o deputado. “Estava viajando e, ao chegar em Cuiabá, o Botelho me ligou pedindo que fosse até sua casa e que não atendesse mais ninguém. Lá, ele explicou a situação: ‘Conversamos e o nome de consenso é o teu.’ Eu sempre disse que não queria nada, apenas continuar meu trabalho como deputado, mas acredito que meu perfil e relacionamento ajudaram na escolha”, relembrou.

Durante a tramitação da ação no STF, rumores apontaram a possibilidade de anulação da eleição e refazimento do pleito. Apesar da pressão, Dr. João manteve confiança em Botelho. “Desde o primeiro dia, ele me disse: ‘Doutor João, confia em mim. Nunca traí um companheiro.’ Mesmo quando a imprensa especulava, ele reafirmava que não haveria traição”.