Há quase 33 anos, o deputado estadual Dr. João (MDB) entrou para a história ao realizar o primeiro transplante renal de Mato Grosso. Em setembro deste ano, ele celebrou o lançamento da ordem de serviço para a retomada das cirurgias no estado, paralisadas há anos. O parlamentar, que é médico nefrologista, compartilhou os bastidores dessa conquista e a importância de campanhas para incentivo à doação de órgãos.
ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O DEPUTADO DR. JOÃO:
O primeiro transplante foi realizado em 1992, no Hospital Geral. Segundo Dr. João, o procedimento foi cercado de sigilo. "Foi um sábado de manhã, ninguém sabia, nem a imprensa. O diretor do hospital estava louco para divulgar, mas eu disse para esperar. Passamos o dia todo com o paciente, monitorando. No dia seguinte, os exames mostraram uma melhora significativa. Só então, deixamos o diretor chamar a imprensa. Era algo muito novo para o estado", contou.
O paciente, Valteni Massaruti de Azevedo, viveu por anos após o procedimento e faleceu de causas naturais. “Ele não morreu com problemas renais, o transplante foi um sucesso”, lembrou o deputado.
Após o pioneirismo, Dr. João e sua equipe realizaram diversos transplantes no estado, inicialmente no Hospital Santa Helena e, posteriormente, no Santa Rosa, que se tornou referência. "Fazíamos de 50 a 100 transplantes por ano pelo SUS, com doadores vivos e cadáveres. Era um sistema extremamente organizado. Mas, com o tempo, foi desmantelado. Quando o Santa Rosa foi privatizado, o transplante foi a primeira coisa a ser cortada, porque não dava lucro”, explicou.
A retomada dos transplantes em Mato Grosso será no Hospital São Mateus, e o deputado defende campanhas de conscientização sobre a doação de órgãos. “Precisamos incentivar a doação e esclarecer dúvidas. Muita gente ainda pensa que é algo invasivo, mas só ocorre em casos específicos, como morte encefálica, e com o consentimento da família. É um momento difícil, mas com campanhas educativas podemos mudar isso”, afirmou.
Além disso, Dr. João destacou o impacto do aumento de 24% na tabela de hemodiálise custeada pelo estado, complementando os valores pagos pelo SUS. Para ele, a medida ajuda a melhorar a assistência a pacientes renais.
O deputado reiterou que a retomada dos transplantes será um marco para a saúde pública de Mato Grosso. “É uma luta que vale a pena. O que fizemos no passado prova que o estado tem capacidade e profissionais competentes para isso. Agora é hora de reconstruir e avançar”, concluiu.
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