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Sábado, 08 de fevereiro de 2025

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ALUSAO À FACÇÃO

Delegado alerta para cautela, mas orienta população a não se amedrontar com 'gestos de facção' em fotos

Foto: Reprodução

Delegado Edson Pick

Delegado Edson Pick

Após casos recentes em Mato Grosso de pessoas mortas por suposta associação de suas fotos em redes sociais a sinais feitos por facções criminosas, o delegado Edson Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), fez um alerta sobre o tema. Ele enfatizou que nem todo gesto em fotografias tem relação com organizações criminosas, pedindo que a população tenha cautela, mas não viva amedrontada.


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O debate veio à tona após a morte de Laysa Moraes Ferreira, conhecida como “La Brysa”, que teria publicado fotos fazendo gestos interpretados como alusivos a uma facção criminosa. A DHPP investiga se ela foi assassinada justamente por compartilhar fotos fazendo o número 3 nas redes sociais.

Durante uma entrevista, Pick destacou a complexidade de associar imagens publicadas nas redes sociais a motivações criminosas.

“Uma festa de aniversário, onde um monte de criança faz o número 2, o número 3, ou qualquer gesto positivo de várias formas, não tem ligação com o tráfico de drogas ou facção criminosa. São crianças inocentes que nem têm noção do que estão fazendo. Como vou falar para aquela criança não fazer mais aquilo? Não tem como”, afirmou o delegado ao Olhar Direto.

Ele explicou que gestos simples, como o número 2 ou o número 3, têm diferentes significados em contextos diversos, como na linguagem de sinais (Libras), e não podem ser automaticamente vinculados ao crime.

“A questão é aonde essa foto foi tirada e se essa pessoa estava fazendo algum gesto alusivo ou não. Depende muito da interpretação dessa foto. Uma foto tirada na quebrada, por exemplo, com alguém fumando um cigarro — que pode ou não ser de maconha — e fazendo o número 2 ou o número 3, pode ser vista de diferentes formas por quem observa. Tudo depende de como essa foto foi publicada, o que a pessoa estava fazendo e quem está interpretando”, explicou.

Apesar disso, Pick reforçou a importância de evitar publicações que possam gerar interpretações equivocadas, especialmente em áreas vulneráveis ao crime organizado. Ainda assim, ele orientou a população a não viver com medo excessivo.

“Não podemos nos amedrontar. Mas falar ‘não façam mais’ é inviável. Não tem como. O importante é sempre agir com prudência e consciência do que está sendo compartilhado nas redes sociais.”

O delegado finalizou destacando que as investigações continuam no caso de La Brysa e em outros episódios relacionados. Ele frisou que não há uma relação automática entre sinais em fotos e vínculos criminosos, mas pediu bom senso nas publicações.
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