A recém-criada Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) já apreendeu mais de mil celulares em 112 ações realizadas nas penitenciárias do estado nos primeiros 50 dias, segundo informou o chefe da pasta, delegado Vitor Hugo Bruzulato.
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A iniciativa faz parte do programa Tolerância Zero, lançado pelo governo estadual com o objetivo de combater as facções criminosas dentro dos presídios. Segundo o delegado, a apreensão dos celulares é fundamental para impedir que os detentos ordenem crimes do interior das unidades prisionais.
“O nosso objetivo é proibir que objetos ilícitos entrem nas unidades.. Principalmente celular. Porque celular na mão da de um preso é uma arma de onde ordena crimes graves como homicídios, sequestros e crimes de estelionato”, afirmou na última sexta-feira (17) em entrevista ao Jornal Primeira Página, da Rádio Centro América FM.
Segundo ele, em 50 dias já foram realizadas 112 operações nas quais foram retirados mais de mil celulares de dentro das unidades prisionais. “Nosso trabalho é frequente e será contínuo e permanente”, disse Hugo. “Em 112 operação aprendemos e tiramos mais de mil celulares das unidades”.
Questionado como os aparelhos entram e se mantêm nas unidades, o secretário disse que a secretaria foi criada pensando na em combate a fragilidade que vem ocorrendo. Ele citou que a corregedoria somente para a secretaria e trabalho de inteligência como exemplos.
Perguntado sobre por que não são utilizados bloqueadores, o delegado disse que, se se coloca um bloqueador, “está se falando que o celular está na unidade”. E que o plano é focar em equipamentos modernos para impedir que os aparelhos ingressem nas unidades. “Os bloqueadores são importantes. Agora, com essa nova formatação, vamos em busca [de novas tecnologias]. Todas as tecnologias são bem-vindas”, afirmou.
Ele disse que tecnologias mais avançadas conseguem bloquear aparelhos sem prejudicar, por exemplo, os telefones de pessoas que moram próximas às unidades prisionais. A adesão desses bloqueadores deve ser estudada pela pasta, afirmou.
Ainda segundo ele o trabalho da corregedoria será importante para punir policiais penais que forem flagrados facilitando a entrada de celulares ou drogas nas unidades. “É importante ressaltar que a corrupção existe em todas as instituições. Na polícia penal não é diferente”.
O importante, diz o delegado, é individualizar a conduta e punir. "Nesses 50 dias tivemmos dois polícias penais presos", comentou. "Esse trabalho será contínuo até a gente chegar e falar: estamos fazendo as operações e nenhum aparelho e ilícito estão entrando nas unidades. Esse é o grande foco da secrearia".