A presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Paula Calil (PL), afirmou que, em sua gestão, o Legislativo será independente e não atuará como um "puxadinho" do Palácio Alencastro, mesmo sendo aliada de primeira hora do prefeito Abilio Brunini (PL). A declaração foi feita durante participação no PodOlhar, no qual a vereadora destacou que está disposta a contrariar projetos do Executivo, caso os considere prejudiciais ao município.  

ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM A VEREADORA PAULA CALIL:



"Na gestão da presidente Paula Calil, a Câmara Municipal é um poder independente do Executivo. Isso não significa que faremos objeção automática ao Executivo. O que for bom para Cuiabá, a gente vai apoiar, mas o plenário é soberano, e todos os vereadores se posicionam. Não tem por que falar que a Câmara vai ser um puxadinho do Executivo", afirmou.  

Paula também abordou a escolha da vereadora Samantha Iris (PL), esposa de Abilio, como presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), considerada a principal comissão da Casa. Para ela, a nomeação não compromete a independência do Legislativo. "A Samantha foi a vereadora mais bem votada de Cuiabá, e a posição dela na CCJ é legítima. Ela, junto com os outros membros da comissão, será técnica e emitirá pareceres com base na Constituição e no Regimento Interno. Não é porque ela é esposa do prefeito que ficará impedida de atuar", defendeu.  

A presidente reforçou que seguirá rigorosamente o regimento da Câmara e que todas as pautas serão discutidas de forma coletiva pelos vereadores. "Se vier algo que não for benéfico para a população, com certeza, vamos discutir e, se necessário, dizer não. A Câmara vai caminhar de forma correta e independente", garantiu Paula.  

As declarações ocorrem em meio a debates sobre o equilíbrio de forças entre os dois poderes, especialmente após a reeleição de Abilio Brunini, que tem forte base de apoio no Legislativo. Paula destacou que o foco da nova legislatura será atuar em prol da população cuiabana, mantendo o diálogo entre os poderes, mas preservando a autonomia da Câmara.